Risco de contaminação por leptospirose aumenta em períodos de chuva

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu nota na tarde desta sexta-feira (7) alertando sobre o risco de contaminação da doença leptospirose nos períodos de chuva, especialmente quando ocorrem inundações, como as que foram registradas nos últimos dias em Santa Catarina.

Em 2019 foram confirmados 262 casos da doença no Estado, principalmente nas áreas urbanas. Desses, sete terminaram em mortes de pacientes. Em 2018, foram notificados 257 casos da doença e cinco mortes. Nos últimos dois anos, o mês de janeiro foi o que mais registrou casos da doença em SC.

Bióloga da Secretaria de Saúde, Miriam Ghazzi, explica que é possível associar a distribuição de casos de leptospirose com o regime mensal de chuvas, entre dezembro e março:

— Ano passado, os casos permaneceram com número elevado até o mês de junho, devido as enxurradas ocorridas no final do semestre em Santa Catarina.

Moradores das cidades que registraram alagamentos que tiverem febre, dor de cabeça e dores no corpo até 40 dias depois dos alagamentos devem procurar uma unidade de saúde. É fundamental que a pessoa informe ao médico se teve contato com a água ou com a lama.

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O que é leptospirose

A leptospirose é uma doença grave, causada por uma bactéria presente na urina de animais contaminados, principalmente ratos. A bactéria penetra no corpo através de machucados e, até mesmo, da pele sadia quando a pessoa fica muito tempo dentro da água. Por isso, o risco é maior em épocas de enchentes e alagamentos.

Sintomas

Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da gripe, começando de forma abrupta e a doença pode evoluir para quadros graves, com aparecimento de icterícia (a pele fica com um tom amarelo-avermelhado). Confira:

— febre alta.

— dor de cabeça.

— mal-estar.

— muitas dores no corpo.

— forte dor nas panturrilhas (batata da perna).

— sangramentos podem aparecer na fase mais avançada.

—dificuldade respiratória.

Cuidados

— Evite contato com água ou lama de enchentes e não deixe que crianças brinquem no local.

— Use botas e luvas quando trabalhar em áreas com água possivelmente contaminada, como é o caso de alagamentos. Se isso não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés.

— Quando as águas baixam é necessário retirar a lama e desinfetar as casas, sempre se protegendo com luvas e botas.

— O chão, paredes e objetos devem ser lavados e desinfetados com água sanitária, na proporção de dois copos (400 ml) do produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 10 minutos.

— Jogue fora alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água dos alagamentos.