Um dos pontos mais badalados do verão florianopolitano, o Riozinho do Campeche está com suas águas poluídas. A conclusão é resultado da análise que a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) fez no curso de água que existe na praia do Sul da Ilha. Segundo o comunicado, a preocupação do órgão é com relação ao número, cada vez maior, de pessoas que procuram o local para lazer.
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Placas de advertência foram colocadas perto do Riozinho; uma junto à ponte e outra na margem esquerda em direção ao mar. O presidente da Fatma, Murilo Flores, anuncia que o rio passará a ser monitorado pelo órgão, que durante o verão divulga semanalmente um boletim de balneabilidade do litoral catarinense. O Riozinho será o 195º ponto de coleta.
O responsável técnico pelas análises, Marlon Daniel da Silva, adianta que a condição de impróprio para banho deve continuar pelas próximas quatro semanas no local. Os problemas começaram a ser percebidos ainda em 10 de fevereiro, quando um resultado acima dos valores permitidos deixou os técnicos da Fatma em alerta. Mas ainda eram necessárias cinco amostragens consecutivas para declarar o local poluído.
Entre os fatores apontados como causadores da poluição estão o fato de o rio passar por locais povoados e entre muita vegetação.
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– Devemos ressaltar que a região cresce demasiadamente rápido, e o esgotamento sanitário recebe como tratamento fossa filtro e infiltração e muito provavelmente em virtude de um verão chuvoso o afloramento do lençol freático atingiu a cota de superfície – explica Silva.
Mar está limpo
Apesar da poluição no Riozinho, o mar do Campeche segue com condições próprias para banho de mar. A Fatma recomenda somente que se evite tomar banho de mar na área de mistura, ou seja, onde as águas do rio se encontram com as do mar. Para a proteção dos banhistas, o órgão sugere que seja mantida distância num raio de 25 metros.