Um grupo de crianças se reúne às margens do rio Ciliwung, em Jacarta. Eles pulam na água e jogam redes para pegar peixes. A cena era inimaginável alguns anos atrás, quando as águas, com mau cheiro, eram contaminadas por dejetos.

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Mas desde que as autoridades da capital indonésia lançaram um programa de limpeza e dragar em 2014, a maioria dos rios ficou limpa para deleite dos moradores dos bairros pobres que vivem em suas margens nesta cidade de dez milhões de habitantes.

“Muito foi feito, nossos rios estavam nojentos”, disse à AFP Isnawa Adji, diretor da agência ambiental de Jacarta.

Além de limpar os 14 rios da capital, as autoridades multiplicaram as expulsões de moradores alojados ilegalmente em barracos construídos em suas margens para alargá-los e limitar, assim, o risco de inundações durante a estação chuvosa.

Ainda se pode ver, no entanto, adultos e crianças que querem fugir do calor tropical, tomando banho em águas imundas e contaminadas pelas quais navegam pequenas embarcações.

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Após limpar a maior parte dos rios mais importantes, a agência agora se concentra no mais de mil riachos da cidade, acrescentou Adji.

Os ambientalistas elogiaram os esforços do governo local que permitiram melhorar a qualidade de vida dos moradores que vivem às margens, mas instaram às autoridades que sejam mais duras com as pessoas que descartam o lixo ilegalmente.

“É preciso aplicar estritamente a lei contra as pessoas que jogam seus lixos nos rios”, declarou Abdul Kodir, fundador da associação “A comunidade dos apaixonados pelo Ciliwung”.

* AFP