Em fevereiro, um acidente entre um carro e um caminhão no quilômetro 679 da BR-376, em Guaratuba (PR), resultou no vazamento de um produto químico tóxico no rio São João. Um mês depois, o rio continua interditado para consumo, pesca e banho. 

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O produto, arseniato de cobre cromatado, é usado como conservante de madeira, para impedir ataques de insetos e micróbios. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente de Garuva, inicialmente foram colocadas duas barreiras de contenção para impedir que o químico se espalhasse. 

A Cesul, transportadora dona do caminhão acidentado, contratou uma empresa especializada em riscos ambientais, que usou caminhões-tanque para retirar a maior parte do arseniato da água. 

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Com as fortes chuvas recentes, o produto espalhado pela superfície já foi diluido. A preocupação no momento são os metais pesados presentes no arseniato, que afundam até o leito do rio. 

Para removê-los, a prefeitura de Garuva está fazendo análises constantes do ritmo de contaminação do solo para que, quando possível, possa ser feita a repopulação aquática do rio. Este processo fica sob responsabilidade da Cesul.

Acidente similar em 2018

Dois anos antes deste caso, o rio São João ficou interditado por dez meses devido a um acidente de trânsito parecido, porém mais grave. Após uma colisão entre três caminhões, a água foi contaminada por diesel e Osmose 33, outro conservante de madeira tóxico.

Pelo tempo de interdição, a população ribeirinha foi altamente prejudicada, além dos donos de negócio que se beneficiam diretamente do turismo baseado no banho e pesca do rio. 

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Ainda não há qualquer tipo de proteção ou sinalização na BR-367 para evitar este tipo de acidente. A Secretaria do Meio Ambiente explica que está buscando, em conjunto com a empresa responsável pela rodovia e o IBAMA, a concessão ambiental para instalação dos equipamentos necessários.

*Isadora Nolf é estagiária e assina sob supervisão de Cláudia Morriesen. (claudia.morriesen@somosnsc.com.br).