O encantador município de Rio Rufino, situado na Serra catarinense entre Urupema e Urubici, fica a 806 metros acima do nível do mar, o que lhe confere invernos frios e verões amenos. Os principais atrativos do município são relacionados ao rio que banha e dá nome à cidade: o Rufino.
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Aliás o nome faz referência ao agricultor Rufino Pereira dos Santos, que viveu na região de 1834 a 1905. Ele era agropecuarista na Fazenda do Cedro e de lá vinha para a Serra dos Pereira, sua outra fazenda, na qual cultivava as terras, distante dos campos cedrenses e protegido pelas íngremes fortalezas rochosas das quais despencam deslumbrantes cachoeiras.
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Rufino foi encontrado morto em 1905, bem próximo do Salto de Rio Rufino. Ele foi o primeiro a acreditar na agricultura da região, onde iniciou com as plantações de milho e feijão. Visionário, percebeu que além da lida do gado, a região, mesmo íngreme, poderia ser cultivada. Foi desse trabalho que veio reconhecimento do povo, que fez questão de dar o nome dele ao município.
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Em 29 de dezembro de 1957 foi criado o distrito de Rio Rufino, enquanto a emancipação político-administrativa ocorreu em 12 de dezembro de 1991, quando ficou independente do município de Urubici.
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Economia de Rio Rufino
Com quase três mil habitantes, o município mantém a economia baseada na agricultura familiar, com culturas tradicionais como feijão e milho, e a criação de gado de corte e leite. Nos últimos tempos, no entanto, uma nova cultura ganhou força na região: o vime. Originário da Europa Central e Ásia, o arbusto encontrou na Serra catarinense condições ideais de desenvolvimento.
A novidade deu ao município o título de Capital Nacional do Vime. A cultura encontrou em Rio Rufino a altitude, a temperatura amena e a abundância de água, combinação perfeita que faz com que os vimeiros cultivados no município ganhem porte de árvore e ultrapassem dez metros de altura, três vezes mais do que o convencional. Com isso, a região de Rio Rufino, junto de Bom Retiro, Bocaina do Sul, Urubici e Palmeira, já concentra 90% da produção nacional de vime.
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Como principais pontos turísticos destacam-se as várias cachoeiras e rios que são atração para os amantes da natureza e do ecoturismo. Entre elas estão: a Cascata do Rio do Tigre, localizada a 10 quilômetros do centro da cidade; a Cascata da Fábrica, localizada na região de São Judas Tadeu; a Caverna do Rio do Leste, que fica a 19 quilômetros do centro, na localidade do Rio do Leste; e a Cascata Alto da Serra, com uma queda de 70 metros de altura.
As colinas e vales verdes oferecem paisagens pitorescas ideais para trilhas e passeios ao ar livre, destacando-se o famoso Morro do Campo Novo, com seus 1.700 metros de altitude.
A igreja matriz do Senhor Bom Jesus de Rio Rufino é uma igreja simples de uma única torre. Na frente fica a praça central onde está o letreiro turístico com o nome da cidade. No Centro existe também a Casa dos Anjos, edificada em 1980 e que parece um castelinho com uma escultura de anjo na área externa. Mas o que chama mais a atenção é o interior repleto de objetos e obras de arte, uma verdadeira casa museu, além da arquitetura singular da moradia.
A Central das Cestas também é ponto obrigatório de parada. A fábrica artesanal de cestas de vime foi fundada em 1995 e se tornou a maior fábrica do segmento do Brasil, com a produção anual de 660 mil unidades, todas feitas artesanalmente, gerando emprego e renda no município.
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A arquitetura de influência europeia, presente em diversas construções, é um atrativo para quem aprecia a história e a cultura dos colonizadores. A gastronomia do município também é influenciada pelas tradições dos colonizadores europeus, especialmente italianos e alemães, com pratos típicos como a polenta, massas e embutidos.
Rio Rufino, apesar de ser um município pequeno, oferece um charme único com paisagens naturais, tradições culturais e uma economia voltada para a agricultura e pecuária. É um destino interessante para quem busca tranquilidade e contato com a natureza.
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