Blumenau é uma cidade onde faz calor. Mesmo 70 verões atrás, todos procuravam uma forma de se refrescar. Quem podia, e não eram muitas as famílias, se mudava para o litoral na temporada.

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Quem não conseguia recorria às águas do Rio Itajaí-Açu. E foi assim que, na década de 1940, os blumenauenses elegeram a Prainha, no bairro Ponta Aguda, como seu balneário de verão.

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Havia quem tomasse banho, quem pescasse robalo ou quem fosse ao local para torcer pelos competidores nas disputas de canoagem. Assim, a Prainha se tornou um local de encontro das famílias.

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Quem conta esta história é Sueli Petry, diretora do Patrimônio Histórico e Museológico de Blumenau, e que há mais de 30 anos trabalha no resgate e na preservação da memória local.

– A Prainha era um lugar onde as pessoas faziam piquenique – explica Sueli.

Foto: banco de dados

Desde o final do ano letivo nas escolas do município, o pequeno balneário passava a receber os visitantes. Era um ponto de encontro estratégico, pois fica próximo ao Centro, bem na curva da margem esquerda do rio.

Do outro lado, pessoas embarcavam e desembarcavam dos navios que ligavam Blumenau ao litoral. Assim, também era possível embarcar na Prainha para alcançar o porto.

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Entre 1970 e 1980, o local foi urbanizado. Desde então, passou por outras transformações. A maior delas seja talvez imaterial: deixou de ser o balneário dos blumenauenses, afinal, mais pessoas podem se deslocar ao litoral hoje. Fica a lembrança de outros verões.

Sueli Petry trabalha no resgate e conservação da memória de Blumenau há mais de 30 anos