Neste domingo, o desafio é superlativo em Rio Grande, no sul do Estado. A partir das 7h acontece a 17ª edição da Supermaratona Cidade do Rio Grande. Em vez dos 42 quilômetros da maratona tradicional, são 50,8, que exigem em média três horas de corrida.
Continua depois da publicidade
Ao todo, 266 competidores tentam cumprir o trajeto que larga da Sociedade Amigos do Cassino (SAC), vai até o centro histórico pela RS-734, contorna o porto na BR-392, chega nos molhes da Barra e volta até a SAC pelas areias da praia do Cassino.
Neste ano, a supermaratona ganhou mais 820 metros e pela primeira vez conta pontos no ranking da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT). O favorito é o atual campeão e recordista, o potiguar João da Silva, o PSilva. Atleta do Cruzeiro, de Minas Gerais, ele chega neste sábado a Rio Grande.
Em 2009, PSilva cumpriu os 50 quilômetros em 2h48mon05seg. Espera ao menos igualar o tempo, mesmo com o aumento do percurso.
– Me preparei para correr cada quilômetro em 3min20seg. A prova é muito tática. É marcar o ritmo no relógio e, se preciso, arriscar um sprint já na praia – afirma o campeão.
Continua depois da publicidade
Representante da casa, o maratonista Vladimi dos Santos compete na categoria especial, para deficientes. Ele perdeu a visão em 2005 e vai encarar os 50,8 km para pagar uma promessa. Em janeiro, Vladimi foi atropelado durante um treino. Recuperado, quer agradecer a melhora.
– Termino a prova nem que seja caminhando – assegura o atleta, que terá a companhia de um guia de bicicleta ao longo do trajeto.
Ciente do esforço que a supermaratona exige, a organização toma cuidados especiais. Cada atleta recebe um seguro de vida no momento da inscrição. Seis ambulâncias e um helicóptero monitoram a prova. Na chegada, a Marinha oferece atendimento médico aos competidores, que podem se refrescar nos 20 postos de água. Ao final, uma piscina plástica com água e gelo fica à disposição para aliviar a dor muscular dos participantes.