Rio do Sul saiu da situação de enchente na manhã desta quinta-feira (19). A medição das 6h indicou o nível do Rio Itajaí-Açu em 7,48 metros. Foram 12 dias acima desse volume, com ruas e imóveis alagados. A inundação foi a mais longa da história do município, superando, inclusive, a cheia de 1983, de acordo com a prefeitura da maior cidade do Alto Vale do Itajaí.

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O nível da água atingiu o pico em Rio do Sul no dia 13 de outubro, com o Itajaí-Açu em 11,86 metros. De lá para cá começou a baixar, mas de forma tímida. As últimas medições mostram queda de 2 a 3 centímetros por hora. A lentidão é reflexo das barragens de Taió e Ituporanga, que seguiam vertendo na casa dos 70 centímetros cada uma às 13h40min desta quinta-feira (19).

A cidade viu o número de desabrigados chegar 1.496 e, passada quase uma semana, ainda são 1.137 moradores fora de casa. Segundo a prefeitura, são pessoas que ainda enfrentam dificuldades em limpar os imóveis e, consequentemente, de secar, para que tenham condições de voltar a morar. A atualização das 10h apontava 22 abrigos abertos.

Rio do Sul registrou ainda uma das seis mortes em virtude das chuvas em SC neste mês. Olívia Becker Berto, 75 anos, perdeu a vida ao cair de uma canoa na área alagada quando tentava subir uma sacada.

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A prefeitura de Rio do Sul ainda não terminou de contabilizar os prejuízos com a mais longa enchente história da cidade. Porém, se estima em R$ 300 milhões entre perdas públicas e privadas.

Veja como ficou Rio do Sul durante enchente

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