Rio do Sul revisa número e diz que cidade tem 7 mil afetados, não desalojados

A prefeitura de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, revisou o número de pessoas que precisaram sair de casa por causa da enchente que afeta a cidade. Inicialmente a quantidade divulgada pelo governo era de aproximadamente sete mil, mas agora o município disse que se tratou de um “engano”. 

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Na verdade o total informado é de moradores afetados, mas que não necessariamente tiveram os imóveis invadidos pela água. De acordo com a Defesa Civil de Rio do Sul, a prefeitura chegou a esse número considerando uma média de moradores nas cerca de duas mil residências nas áreas com alagamentos. 

A falha explica a diferença de dados entre o governo municipal e do Estado. A prefeitura não soube especificar, de fato, o número de desalojados. 

O que isso muda na prática? 

É que o número de pessoas desalojadas é um dos critérios pontuados pela prefeitura no momento de pedir ajuda financeira ao Estado e à União para recuperar a cidade. Logo, quanto maior a quantidade de pessoas que precisaram sair de casa, maior a chance de conseguir mais dinheiro. 

Com a revisão desse equívoco, essa informação não é incluída nos pedidos de apoio, mas por outro lado significa menos moradores prejudicados. 

Abrigados 

Às 10h desta quinta-feita (5) a cidade registrou a maior quantidade de desabrigados nesta enchente. Eram 413 pessoas nos nove abrigos ativados atualmente no município. O nível do rio alcançou 9,74 metros às 5h e se manteve estável por algumas horas. Já ao meio-dia começou a reduzir, marcando 9,61 metros. 

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Rio do Sul entra em enchente aos 7,5 metros, quando alaga a primeira casa. Um metro antes disso a cidade já está em estado de atenção. Na quarta (4) o prefeito José Thomé frisou que se o governo do Estado tivesse fechado as comportas da barragem de Ituporanga mais cedo, a situação no município não seria tão grave. 

A cidade tem ao menos nove dos 25 bairros com alagamentos. 

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