Não teve atropelo. Mas também, não houve supresa. Afinal, o time de melhor campanha conquistou o título. Com uma bela virada – que chegou a parecer impossível -, a Unilever derrotou o Sollys/Nestlé por 3 sets a 2 (parciais de 22-25, 19-25, 25-20, 25-15 e 15-9) na manhã deste domingo, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Foi o troco da decisão do ano passado, vencida pelo adversário, no Maracanãzinho, no Rio. O resultado recolocou a taça nas mãos do time carioca, que segue como o maior vencedor da competição, agora, com oito conquistas. As paulistas têm cinco.
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Durante a semana, o técnico Bernardinho chegou a falar em um possível atropelamento do time de Osasco. Afinal, as adversárias contam com cinco jogadoras campeãs olímpicas em Londres-2012. Quem viu apenas os dois primeiros sets deve ter concordado com o treinador. Mas ele estava errado.
A Unilever mostrou superação, experiência e garra. Conseguiu a virada, com um baile no quarto set. E chegou ao título após terminar a fase de classificação na primeira colocação. Foram apenas duas derrotas na Superliga, todas fora de casa.
Já o Sollys teve de amargar o vice-campeonato mesmo favorito. Faltou apenas o título nacional para ter uma temporada perfeita após as conquistas do Mundial, do Sul-Americano e do Campeonato Paulista.
O curioso da partida foram os pedidos de desafio. O primeiro foi feito pelo Sollys, quando vencia por 11 a 6. Em bola disputada, a arbitragem marcou rede de Sheilla. A marcação foi contestada. Após análise por vídeo, a oposto tinha razão e o ponto voltou.
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A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) adotou o uso da tecnologia com câmeras para a decisão para a marcação de bolas duvidosas. A artimanha foi usada quatro vezes (uma em cada set, menos no tie-break), três por Osasco e uma pelo Rio de Janeiro. A marcação do juiz só tinha sido equivocada uma vez.
O JOGO
O primeiro set começou com um erro de recepção da líbero Camila Brait, do Sollys. Um alento e um pingo de esperança para a Unilever. Mas foi pouco. Quando o jogo estava perto do primeiro tempo técnico, o time de Osasco começou a abrir vantagem. E não perdeu mais a liderança.
Perto do fim, as cariocas até tentaram esboçar uma reação. Não deu. Em pouco mais de 28 minutos, o time de Osasco fez 25 a 22.
A segunda parcial foi praticamente igual à primeira: equilíbrio no começo e superioridade do Osasco nos momento decisivos. No fim, 25 a 19, em 29 minutos.
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Mas quem imaginava um passeio do Sollys no terceiro set se enganou. A Unilever não desanimou com a desvantagem no placar e foi para cima. Aproveitou erros do adversário e mostrou muita vontade. Até conseguiu abrir vantagem, o que não tinha acontecido em nenhum momento do jogo. Deu certo e a vitória veio por 25 a 20 em um pouco mais de 31 minutos.
Mais empolgaddo e em melhor momento, a Unilever então passeou no quarto set. Logo no início, abriu vantagem. Chegou a colocar dez pontos de diferença. O Sollys não mostrava reação. Parecia apenas esperar o tie-break. Resultado: Unilever 25 a 15, em 26 minutos.
O quinto set seguiu na mesma toada. A equipe carioca se manteve mais calma e soube decidir. Abriu vantagem no começo e fechou em 15 a 9. Que virada! Que festa! Que título!