Pneus, um pedaço de uma máquina de lavar roupa e até um sofá foram retirados na quarta-feira do Rio Araújo, primeiro de São José, na Grande Florianópolis, a ser desassoreado e limpo e uma ação deflagrada pela prefeitura. O foco inicial da iniciativa de depuração de canais e rios é a conscientização, para em seguida serem apontados os responsáveis pela degradação ambiental.
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Durante a manhã e tarde, as máquinas trabalharam na limpeza e na desobstrução de um dos pontos críticos do Rio Araújo, que possui uma curso de água de aproximadamente 5,3 mil metros. Foram retiradas dezenas de objetos. Ao encerramento desta etapa, estimada em cerca de 45 dias, a facilidade de apontar os locais exatos dos esgotos clandestinos será maior.
– Com a limpeza dos locais, a visibilidade será melhor. Iremos fotografar e fazer o levantamento topográfico para elaborar uma planta exata de quantos estão cometendo essas irregularidades. Paralelo a isso, iremos desenvolver um trabalho forte de conscientização com moradores da cidade para reverter este quadro – afirmou o secretário municipal de Obras, Aurélio Remor.
Um levantamento do Instituto Mangue Vivo apontou o uso das águas do rio, com nascente no bairro Bela Vista, como destinatário de dejeto industriais e domésticos praticamente em todo o percurso. Ao longo do leito há 57 estabelecimentos, entre postos de combustíveis, oficinas mecânicas, garagem de ônibus e lavação, que trabalham com óleos derivados do petróleo entre os bairros Chico Mendes, Campinas e Kobrasol.
– O lançamento de efluentes com óleos combustíveis é o pior e mais grave de todos os crimes ambientais, causando mau cheiro e contaminação. Esta limpeza é o começo de uma solução. A recuperação não depende apenas da prefeitura. É necessário o apoio de outras entidades – admitiu Paulo Douglas Teles Pereira, diretor executivo do Instituto Mangue Vivo.
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