Uma denúncia levou a polícia a descobrir uma grande estrutura de rinha de galo montada atrás de um bar em Itajaí. Mais de 60 aves foram encontradas em situação de maus-tratos e parte dos apostadores fugiu ao ver a PM.

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O comunicante contou à Polícia Militar que aconteciam rinhas de galo todos os finais de semana nos fundos de um bar do bairro Itaipava. A PM então foi até o local às 21h45min desta sexta-feira (15) e desconfiou ao ver dezenas de carros do lado de fora, mas poucas pessoas dentro do estabelecimento. Ao seguir para trás, em um galpão, uma estrutura completa foi descoberta.

Ao verem os policiais, alguns participantes fugiram pela mata. Outros, segundo a PM, avançaram em direção aos agentes, o que gerou uso de spray de pimenta. Os que foram contidos, mais de 20, foram revistados. Em silêncio, ninguém quis falar o que fazia no local.

Galos ficam fechados em compartimentos de armário
Galos ficam fechados em compartimentos de armário – (Foto: PM, Divulgação)
Estrutura estava escondida atrás de um bar
Estrutura estava escondida atrás de um bar – (Foto: PM, Divulgação)
Ringue para briga dos animais
Ringue para briga dos animais – (Foto: PM, Divulgação)
Quadro de apostas
Quadro de apostas – (Foto: PM, Divulgação)
Apostadores flagrados no local
Apostadores flagrados no local – (Foto: PM, Divulgação)

Já o dono do estabelecimento assumiu a culpa e disse ser o organizador do evento e proprietário dos 62 galos que foram encontrados. Os animais ficavam presos em um armário com diversos compartimentos. No galpão havia um “ringue”, arquibancada e serviço de bar e cozinha. As cadeiras tinham nomes demarcados e as anotações dos apostadores eram feitas em um quadro.

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> SC já teve lei estadual liberando rinhas de galo, mas aumentou multas para o crime

O dono do local assinou um termo circunstanciado para comparecer à Justiça por maus-tratos a animais. Orientações foram dadas sobre o abrigo para as aves, que ficaram sob a responsabilidade do proprietário até que a Justiça determine outro destino, e os participantes foram liberados.

Como funcionam as rinhas

As rinhas de galo consistem em duelos ilegais promovidos por criadores de animais de espécies combatentes. Ocorrem clandestinamente em arenas montadas em propriedades particulares, costumam movimentar apostas e estar associadas a maus-tratos aos animais, como criação em espaços pequenos, uso de biqueiras, batoques, e objetos que aumentam os ferimentos entre as aves durante as brigas.

Os confrontos em geral ocorrem em três rounds de 15 minutos. Um galo pode perder se for nocauteado ou também se deixar de combater.

A prática se enquadra como crime ambiental com base em uma lei nacional de 1998, que prevê pena de reclusão de três meses a um ano em casos de maus-tratos a animais. Também fere o Código Estadual de Proteção aos Animais, que em maio deste ano teve aumento de multa para até R$ 20 mil em caso de rinhas.

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