Depois de mais de dois meses de trabalho e pesquisas, Rico de Souza, lenda do surfe brasileiro, levará ao mar nesta sexta, às 13h, sua prancha de 8,05m, com a qual pretende escrever mais uma vez o nome do Brasil no Guinness Book of Records. Ele tentará o recorde de surfar com a maior prancha do mundo, uma façanha nunca antes imaginada por outro surfista.
Continua depois da publicidade
A tentativa ocorrerá na Praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, durante a última etapa do Petrobras Longboard Classic. Para que a marca inédita seja registrada no Livro dos Recordes, Rico precisa ficar dez segundos de pé na onda em cima da prancha gigante.
Souza, organizador do Petrobras Longboard Classic, entrou no Guinness no ano passado, ao juntar mais de 50 longoarders para estabelecer a marca do maior número de surfistas na mesma onda. Destes, 42 conseguiram ficar em pé ao mesmo tempo durante cinco segundos, estabelecendo o recorde que está na edição 2007 do livro, que acaba de ser lançado no Brasil pela Ediouro. Agora, o objetivo é figurar também na edição 2008.
– Espero que o mar apresente condições para a tentativa. No ano passado, o surfe brasileiro viveu um grande momento com o recorde de maior número de surfistas na mesma onda, mas nossa marca já foi batida e queria fazer algo diferente este ano – explicou Rico.
Enquanto Rico luta para conquistar o feito inédito, os paulistas Danilo “Mullinha” Rodrigo e Amaro Matos, com 2.845 e 2.805 pontos respectivamente, travam uma disputa direta pelo título do Campeonato Brasileiro dos pranchões. O também paulista Picuruta Salazar, com 2.675 pontos e o carioca Roger Barros, com 2.235, aparecem nas posições seguintes, ainda com chances.
Continua depois da publicidade
– A disputa será acirrada. Enfrentar o Amaro, o Picuruta é tarefa das mais difíceis, mas eu tenho treinado muito, cheguei no palco da competição dias antes do início para já treinar no mar local, estou concentrado e na Macumba vou lutar para conquistar meu primeiro título brasileiro – disse Mullinha.
Picuruta Salazar, que já possuí em seu currículo nove títulos brasileiros, descarta a possibilidade de aposentar seu pranchão e parar de competir caso conquiste seu décimo campeonato.
– Queria fechar a carreira com chave de ouro. Mas quando digo isso não significa que vou parar, pelo contrário, as gerações mais novas me têm como exemplo e me incentivam a dar continuidade à minha carreira. Mudará apenas o peso da obrigação. Passarei a competir somente por prazer. Enquanto tiver saúde, estarei no mar lutando por títulos – disse o paulista.
Os atletas brigam pelo primeiro lugar e pelos R$ 25 mil em prêmios.