São-bentense de nascimento, mas joinvilense de coração, o atual desembargador Ricardo José Roesler receberá neste dia 14 o título de cidadão honorário de Joinville, durante uma cerimônia às 19h30 na Câmara de Vereadores de Joinville.

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Uma honraria que ele recebe com muito orgulho, pelo enorme carinho que tem pela cidade que ele adotou para viver desde 1987, e onde vive até hoje, mesmo trabalhando em Florianópolis.

– Eu e minha família fazemos questão de continuar morando aqui, então durante a semana fico em Florianópolis, para trabalhar, mas aos finais de semana retorno a Joinville – conta o magistrado.

O título de cidadão honorário é uma homenagem ao jurista e também ao amante do esporte que ajudou a estruturar a equipe de basquete de Joinville. Dividido entre essas duas paixões, Roesler escolheu ser juiz de direito, não de basquete.

Mas nunca deixou de participar ativamente do esporte na cidade. Membro do conselho deliberativo do Joinville Esporte Clube (JEC), Roesler participou da Comissão Comunitária Pró-construção da Arena Joinville e faz questão de acompanhar de perto cada decisão do clube.

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Já como juiz, atuou nas comarcas de Barra Velha, Sombrio e Jaraguá do Sul, mas foi em Joinville que ele trabalhou por mais tempo (de 1993 a 2007, quando foi nomeado desembargador), dando sua maior contribuição. Destaque para construção do novo Fórum da cidade, realizada no período em que foi diretor da comarca.

Mas seus legados não estão restritos a benfeitorias realizadas no município. Presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) no período de 2003 a 2006, foi Roesler quem encaminhou para a Secretaria da Reforma do Judiciário, ligada ao Gabinete da presidência da República, uma proposta de alteração do Código Civil e de Processo Civil no sentido da desjudicialização dos inventários e separações, aprovada depois de muito esforço no Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República como a lei nº 11.441 de 4/1/2007.

Já no período em que foi diretor financeiro da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), ele idealizou uma campanha nacional contra o denominado “juridiquês”, a linguagem rebuscada dos tribunais que acaba confundindo os leigos e afastando a população de seus direitos.

Nascido sob o signo de Libra, cujo símbolo é o mesmo da Justiça: uma balança, ele diz que sua principal característica sempre foi o equilíbrio. Conciliador nato, ele conta que sempre quis ser juiz para mediar conflitos, movido, principalmente, pela indignação diante das injustiças.

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Entusiasta do direito, ele diz que, apesar da morosidade do Judiciário, que por vezes dá à população a sensação de impunidade, o Judiciário vem avançando em muitas questões e que a legislação brasileira é uma das mais completas do mundo. Para ele, não cabe à Justiça tornar o mundo melhor, mas a cada cidadão.

– A história da humanidade revela a luta do homem pela liberdade e justiça; sonho para uns, ideal para outros; o que precisamos é participar da vida com compromissos baseados na fraternidade e no amor. Não podemos ser meros observadores do universo. Temos que agir e tentar transformá-lo, só assim faremos a diferença.