O morador da rua Emílio Tallmann Cidney Roberto de Oliveira já viu de perto as enchentes e enxurradas que alagaram casas e levaram encostas no bairro do Garcia. Agora observa atento às obras de macrodrenagem do ribeirão, bem em frente à casa onde mora. Embora desconfiado com cada mudança que os operários fazem nas margens, espera ansioso pela conclusão:
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– As melhorias parecem ser muito boas, mas mesmo assim vieram tarde. A gente conhece muito bem este ribeirão e ele ainda precisa de uma dragagem geral para retirar toda a terra que ainda tem nele.
>> Confira detalhes de cada ribeirão que passa por obras de macrodrenagem <<
As obras começaram em setembro de 2012 e a previsão da Secretaria de Obras é terminá-las em agosto deste ano. Além do Garcia, outros três ribeirões passam por melhorias: Itoupava, Fortaleza e da Velha. Os investimentos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Ministério da Integração e Ministério das Cidades, num custo de cerca de R$ 30 milhões. O engenheiro hidrólogo da Furb Ademar Cordero afirma que essas ações são necessárias para aumentar a fluidez do ribeirão e diminuir impactos principalmente de enxurradas:
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– Quando ocorre uma chuva forte as calhas dos ribeirões não dão conta de vazar a água que acaba inundando as áreas que ficam às margens. Por isso, medidas de desassoreamento são essenciais para minimizar os danos da chuva.
Segundo o engenheiro, além do assoreamento natural dos ribeirões, os pilares de pontes que estrangulam a passagem de água e o crescimento da cidade influenciam no escoamento natural da água dos ribeirões. Cordero explica que a limpeza e o desassoreamento são medidas que devem estar em um plano municipal e ser frequentes pois as calhas dos ribeirões precisam manter uma capacidade de escoamento suficiente para não provocar alagamentos.
De acordo com o secretário de Obras, Paulo França, mesmo com ações diferentes em cada um dos ribeirões, o objetivo das medidas de macrodrenagem é proteger os moradores do entorno. O secretário afirma ainda que avalia botar um plano de desassoreamento em prática:
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– Estamos começando a discutir esse plano com a Secretaria de Serviços Urbanos para atuar com frequência nos ribeirões principais. Ainda estamos prospectando junto ao Ministério da Integração uma ampliação do convênio para desassorear também os ribeirões secundários e outros que ficaram de fora deste projeto, como o Ribeirão do Testo.