Atendendo recomendação do Ministério Público a Prefeitura de Itá revogou o edital de concessão do Complexo Turístico Parque Thermas Itá. O edital foi lançado no início do mês de novembro e a abertura das propostas estava prevista para o dia 28 de dezembro. Até o momento um grupo já tinha demonstrado interesse em assumir o parque. Mas o Ministério Público apurou algumas irregularidades no edital. O promotor Michel Eduardo Stechinski apontou que o processo não passou pela Câmara de Vereadores, teve apenas uma avaliação e ainda permitia a venda do complexo após a concessão. Além de suspender o edital a promotoria sugeriu que o processo não seja feito sem autorização do legislativo e com pelo menos tenha três audiências públicas.
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A prefeita de Itá, Leide Maria Bender, justificou que a intenção do município é conceder para a iniciativa privada a gestão do parque pois ele representa um déficit de R$ 500 mil a R$ 600 mil por ano. O município tem 30 funcionários no local e há necessidade de investimentos para atrair mais público. Atualmente cerca de 50 mil pessoas passam pelo local, que tem 18 piscinas. A prefeita disse que o poder público não tem “know-how” para cuidar de um complexo termal.
Vocação turística
O município de Itá tem o diferencial de ser uma cidade totalmente planejada e que foi construída em virtude da inundação da cidade antiga, pelas águas da usina hidrelétrica que leva o nome do município. As torres da antiga igreja São Pedro, única construção que sobrou em pé, viraram cartão postal da cidade. O lago da hidrelétrica, o parque termal, parque zoobotânico são alguns dos atrativos da cidade. Um novo hotel, com 120 apartamentos, também está em construção. Mas há necessidade de mais investimentos no turismo.
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