O 17º Revezamento Volta à Ilha Asics, que ocorre neste sábado, 14, em Florianópolis, terá 3.700 atletas divididos em 400 equipes. Todos com o objetivo de percorrer os 140 km do percurso e contornar a Ilha de Santa Catarina em menor tempo possível. Embora o desafio seja grande, não são só corredores profissionais que topam encarar as trilhas, asfalto e morros. Há pessoas que apenas gostam de esporte ou de aventuras, trabalhadores de segunda a sexta, como engenheiros e fazendeiros.

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Possibilitar a integração de atletas amadores ou simplesmente apaixonados por corridas é uma das principais características do Revezamento Volta à Ilha.

– Nosso objetivo é propor uma atividade esportiva em um clima de confraternização, sem deixar o lado de competição apagado. O Volta à Ilha se caracteriza por momentos intensos em um curto espaço de tempo – conta Carlos Duarte, idealizador e organizador da prova.

São ideias como essa que permitem a participação de atletas de ponta e de corredores amadores, como Maira Cristina Osmari. Tina, como prefere ser chamada, tem 24 anos e participará pela primeira vez da prova. Ela nasceu eu Florianópolis, se formou no ano passado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e trabalha em uma empresa de geração de energia na capital catarinense. Segundo ela, a paixão pelo esporte é saciada nas corridas de treinamento para o Volta à Ilha Asics, que começaram em fevereiro, além de algumas aventuras de fim de semana.

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– Há dois anos, também comecei a fazer escaladas em rocha – conta a engenheira.

Sinei Lucio Mendanha é do município de Americano do Brasil, cidade do estado de Goiás. Com 23 anos, ele irá participar do seu terceiro Volta à Ilha. Mendanha tem perfil de atleta e disputa a prova na categoria de duplas, mas a rotina desse peão pode parecer, no mínimo, tão desafiadora quanto o revezamento deste sábado. Às 4h da manhã, Mendanha já está no curral da fazenda ordenhando as vacas.

O cuidado com os animais vai até as 10h, quando ele começa a treinar. No fim da tarde, percorre 10 km de bicicleta até a cidade onde cursa o ensino médio. Às 22h, começa a voltar para a fazenda, para dormir cinco ou seis horas e começar outra jornada.

O colega de Sinei Mendanha é Cleiser Alves, 32, e é outro exemplo de como competições de atletismo como o Volta à Ilha ajudam na integração e realização de algumas pessoas. Alves trabalha como servente de pedreiro em Goiânia e treina seis vezes por semana antes do expediente.

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– O que mais gosto de fazer é correr, foi assim que pude conhecer outras cidades e até ver o mar – conta Alves que participa do revezamento em Florianópolis desde 2009, quando também foi apresentado ao mar. A dupla goiana compete pelo grupo André Villarinho e foi campeã na categoria em 2010 e 2011.

Corredores, como Alexandre Maximiliano, que sempre competiu pelos melhores índices, também participa do Revezamento Volta à Ilha Asics, só que agora em busca também de outros prazeres.

– Nosso objetivo é concluir a prova e curtir, sem estresse – diz.

Alexandre, hoje com 41 anos, já foi atleta de ponta e durante 15 anos disputou provas de triathlon, conquistando por diversas vezes os primeiros lugares. Atualmente, o ex-triatleta é diretor de uma empresa de assessoria esportiva no Rio de Janeiro e busca a corrida mais pela diversão, astral e visual.

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– Por isso que o Volta à Ilha ainda me interessa, a prova proporciona uma energia muito boa – avalia o corredor que participará pela primeira vez na categoria de duplas.