Foi-se o tempo em que ter 40 anos era sinônimo de adormecer no sofá ao final do dia assistindo TV. Os quarentões do século XXI estão calçando os tênis de corrida e deixando a preguiça de lado para pegar a estrada. Prova disso é o número de corredores com mais de 40 anos inscritos no 15º Revezamento Volta à Ilha: cerca de 20% dos 3,5 mil inscritos.

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Fábio Lavratti, 41, professor de Logística na capital catarinense, era adepto da musculação, com foco na hipertrofia, sem dar muita atenção aos exercícios aeróbicos. Aproximando-se dos 40 anos, percebeu que essa postura não era a mais adequada para a sua saúde.

– Passei a treinar todos os dias com acompanhamento de um profissional, além de readequar minha alimentação – diz Fábio.

Ele já possui uma boa coleção de medalhas e troféus que mostram que a troca de esporte teve bons resultados, mas acredita que o principal foi o ganho em qualidade de vida.

Melhorar a qualidade de vida também era o objetivo inicial da dona-de-casa de Joinville, Ana Carla Gusmão, 40. Ela sofre de asma e, após uma cirurgia no nariz, resolveu calçar os tênis de corrida para melhorar a capacidade respiratória. Não foi estímulo o suficiente, porém. Uma situação triste acabou sendo um fator motivador.

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– Quando minha mãe faleceu, fiquei muito abatida, com um sentimento muito ruim, e foi quando encontrei uma válvula de escape nas corridas – conta Ana.

Já o funcionário-público de Brasília, Marco Almeida, 40 anos, reencontrou-se com uma antiga vocação. Ele trabalhou por muitos anos como professor de Educação Física em colégios, mas acabou redirecionando a carreira. O interesse por esportes, no entanto, nunca desapareceu e, nos últimos anos, ele passou a se dedicar às corridas de rua.

– Tenho participado de diversas provas pelo Brasil e, assim, vou conhecendo novos lugares e pessoas – diz Marco.

Marco é mais um estreante no 15º Revezamento Volta à Ilha, considerada por importantes revistas especializadas como a corrida mais admirada do Brasil. A prova ocorrerá no dia 24 de abril e terá um percurso de 150 quilômetros entre as praias, dunas e estradas de Florianópolis.

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