Foi revelada nesta quarta-feira a identidade do responsável pela morte de Rafaela Schlemper de Melo, de 10 anos. A menina foi vítima de uma bala perdida na noite de sábado, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Bruno Linhares, de 23 anos, se apresentou à Polícia Civil e está preso na DP, de onde deve sair para a Central de Triagem. A bala acertou a cabeça da menina, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

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O rapaz chegou acompanhado de um advogado, prestou depoimento e está preso temporariamente em uma cela da Delegacia de Polícia Civil de Palhoça porque havia um mandado de prisão em aberto. Bruno deve ser encaminhado para a Central de Triagem na próxima quinta-feira.

Ele admitiu que tinha uma rixa com Cleito Ademilson Teles e que disparou várias vezes contra ele. Um desses tiros teria sido a causa da morte de Rafaela. De acordo com Guaspari Filho, independente de ter mirado na criança ou não, Bruno assumiu o risco ao efetuar os disparos. O homem não tinha ficha criminal.

Apesar do mandato de prisão expedido contra Bruno, o rapaz ainda é considerado suspeito dos crimes. O delegado de Palhoça ainda vai interrogá-lo novamente porque Bruno apresentou uma arma que não foi a utilizada para fazer os disparos. O delegado espera que ele ainda apresente a arma do crime.

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Na Delegacia de Palhoça, Bruno admitiu ter uma rixa com Cleito por causa do tráfico de drogas e que atirou contra ele, sem intenção de atingir a menina. O rapaz não tem antecedentes criminais, trabalha e tem carteira assinada. Segundo a família, ele não tem envolvimento com drogas.

Bruno será processado por homicídio qualificado, já que o motivo para o crime é considerado fútil e ele disparou diversas vezes num local onde estavam muitas pessoas.

Bala perdida

Rafaela Schlemper foi vítima de bala perdida na noite de sábado, dia 3, no bairro Ponte de Imaruim. O tiro teria sido disparado durante uma briga entre dois homens que seriam envolvidos com o tráfico de drogas.

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O alvo do assassino era Cleito Ademilson Teles, de 25 anos. Cleito era usuário de drogas, de acordo com o delegado Attilio Guaspari, da DP de Palhoça, responsável pelo caso.

Cleito e o assassino teriam discutido em um bar, a cerca de 100 metros da casa de Rafaela. Cleito teria saído correndo e levado um tiro. Ele foi encaminhado ao Hospital Regional de São José, mas morreu no hospital.