Uma série de encontros ocorrem nesta sexta-feira em Florianópolis para evitar a greve de ônibus, programada para começar a 0h de segunda-feira. Sindicatos dos trabalhadores, das empresas e Prefeitura realizam pelo menos três encontros durante o dia.
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::: Saiba como funcionará o transporte alternativo
Às 10h, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf) começaram a discutir uma estratégia para garantir a estrutura mínima de ônibus com empresas da Grande Florianópolis, na próxima segunda. Por volta de 12h, um novo encontro entre o Setuf com as empresas da Capital.
Confira as rotas do transporte alternativo
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Para estruturar a segurança, o vice-prefeito e secretário de Transportes e Terminais, João Batista Nunes, se reuniu às 10h com o comando da Polícia Militar para viabilizar uma estratégia de segurança a ser aplicada durante a greve. O objetivo é garantir a fiscalização do transporte alternativo e a segurança de todas as partes envolvidas na paralisação. O 4º BPM informou que a inteligência já monitora a situação desde o início da semana.
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Segundo o presidente do Setuf, Waldir Gomes da Silva, algumas ações estão sendo sugeridas às empresas para resguardar os veículos e prevenir o tumulto na saída das garagens.
– As empresas estão instalando câmeras de monitoramento em frente aos portões de entrada, que devem estar funcionando já na próxima segunda – cita o empresário.
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Nenhum compromisso está agendado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano da Grande Florianópolis (Sintraturb). Segundo o diretor de comunicação, Antônio Carlos Martins, o único compromisso do dia será o encontro com o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Ministério Público entra na mediação
Às 14h, uma reunião com a Justiça do Trabalho e os dois sindicatos deve definir qual o percentual mínimo de ônibus e funcionários deve ser ofertado na próxima semana.
Na última quinta, o Sintraturb entregou o comunicado formal à Secretaria de Transportes, Mobilidade e Terminais, oficializando o aviso de greve com 72h de antecedência, como obriga a lei.
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ENTENDA O IMPASSE
O que querem os trabalhadores
::: Aumento salarial com base no INPC e mais 5%.
::: Redução da jornada de trabalho de 6h40min para 6h, sem redução salarial.
O que diz o Setuf
::: A diminuição da carga horária é inviável, pois exigiria a contratação de mais funcionários, e as empresas não podem arcar com o custo, que teria impacto no preço da passagem.
::: A prefeitura já sinalizou que não vai mais autorizar aumento de tarifa.
Alternativas de transporte em Florianópolis
::: Se a lei for cumprida, 70% da frota funcionará nos horários de pico: serão 331 ônibus circulando das 6h30min às 9h e das 16h30min às 20h30min.
::: 30% da frota nos horários de entre pico: 138 ônibus circulando entre 0h e 6h29min, 9h01min e 16h29min, e das 20h30min à 0h.
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Fiscalização
::: Os fiscais de terminal da prefeitura vão verificar o cumprimento do quadro de horários.
::: Em caso de descumprimento, a prefeitura vai acionar a procuradoria do Ministério Público Federal do Trabalho para tomar as medidas jurídicas cabíveis.