Uma reunião nesta sexta-feira (29), entre a direção do porto de São Francisco do Sul, Secretaria Nacional de Portos e entendidas dos setores produtivos tem como objetivo chegar a um acordo e encerrar a “briga” causadas por filas de navios e por preferência para atracar no maior porto de Santa Catarina.

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À CBN Joinville, o secretário da Associação Catarinense de Importadores de Adubos (Acia), Renan Saldanha da Silva, diz que levará a demanda da criação de um “super berço” exclusivo para fertilizantes sem que os outros segmentos sejam penalizados, que seriam migrados para outra entrada. O setor é um dos que mais tem criticado a situação.

Fotos de navios em São Francisco do Sul

A Acia questiona o modelo de gestão do porto de São Francisco, já que o volume de importação de fertilizantes teve um crescimento e a infraestrutura portuária da cidade, conforme Renan, é insuficiente para atender o volume de cargas do setor. A consequência, para ele, pode chegar até a um desabastecimento de insumos no país. 

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— Cultivar soja e milho, por exemplo, sem fertilizar o solo, haverá redução de 30% a 50% da safra. As associadas representam 91% do volume de todo o estado de Santa Catarina. Ou seja, os municípios estão em risco de não ter o seu fertilizante a tempo do cultivo — analisa. 

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Renan ainda destaca os prejuízos causados pelas filas de navios no porto de São Francisco do Sul. De acordo com ele, um navio parado deve pagar uma multa pela “estadia” com um valor diário de R$ 140,7 mil. A situação, inclusive, fez com que algumas embarcações fossem levadas para Imbituba e Paranaguá (PR).

O abastecimento da indústria metalmecânica também tem preocupado a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Isso porque a chegada e partida dessas mercadorias são impactadas diretamente pelas operações portuárias efetuadas por São Francisco do Sul.

O que diz o Porto de São Francisco do Sul

O porto francisquense alegou que já cumpre a normativa que garante a atracação preferencial de três navios seguidos deste tipo de carga para um navio com outra mercadoria. Também explicou que tem três berços públicos e outros quatro arrendados, ou seja, da iniciativa privada. 

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Dois berços públicos (102 e 201) atendem diversos segmentos de cargas, inclusive fertilizantes, que tem atracação preferencial, segundo o Porto de São Francisco do Sul. O Berço 101 é somente para carga de grãos. O Berço 102 comporta navios até 229 metros. Já o Berço 201 comporta navios até 200 metros. Alguns importadores de fertilizantes têm enviado as cargas em navios maiores que 200 metros, o que logicamente acarreta em maior demora de atracação, já que fica limitado a atracar somente no Berço 102.

Sobre o “congestionamento” de navios, a entidade portuária comenta que as filas estão dentro da normalidade e que, nesta segunda-feira (26), 18 embarcações aguardavam para atracar. O porto francisquense informou que em Paranaguá há 24 e em Imbituba são 14, por exemplo.

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