A apreensão toma conta de velejadores e da organização da Transat Jacques Vabre. O mau tempo vem atrapalhando a largada da regata, que terá chegada em Itajaí na segunda quinzena de novembro. A chuva e os ventos fortes atrapalharam os planos dos organizadores, que tinham planejado o início da competição para o último domingo. No sábado, a data foi alterada para segunda-feira e, domingo, houve a definição de que um novo dia será divulgado nesta quarta.

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– Foi uma decisão que exigiu muita análise da comissão e nossa prioridade é a segurança de todos os participantes. Queremos que a maior parte chegue a Itajaí – destacou Manfred Ramspacher, diretor técnico da competição.

Segundo a organização, as rajadas de vento chegam a quase 100 km/h e as ondas previstas para o canal inglês são os pontos mais negativos para as duplas, especialmente as da Classe 40, que são as mais sensíveis a esse tipo de condição.

A região sofre com a baixa pressão desde o mês passado, ondas de até seis metros. Segundo Ramspacher, a organização sequer cogitou a possibilidade de as categorias largarem separadamente.

– A regata é multiclasses, conta com quatro categorias diferentes e não faria sentido autorizar a partida de apenas alguns barcos. A (categoria) Classe 40 conta com 26 barcos, representando mais da metade da flotilha. Os veleiros da Imoca e MOD70 teriam condições de partir, mas em solidariedade aos menores, a largada foi adiada para todos – contou.

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A previsão de tempo aponta que os ventos podem diminuir a partir da tarde de quinta-feira, o que poderia facilitar a largada de todas as embarcações. Segundo a técnica em meteorologia do Grupo RBS, Bianca Souza, o sistema de baixa pressão, que se resume a chuva e ventos fortes, está atuando há vários dias, por isso é difícil apontar uma previsão, ainda mais que o outono é uma estação onde os ventos são mais constantes.