A segunda reunião entre o prefeito Cesar Souza Junior (PSD) e o sucessor Gean Loureiro (PMDB) teve um foco prioritário: projetos já aprovados pelo governo federal, convênios em execução e financiamentos contratados, que totalizariam R$ 600 milhões. Está tudo praticamente congelado em função da grave crise e sem perspectiva de liberação.
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Como tem audiência agendada com o presidente Michel Temer no final de novembro, o prefeito eleito priorizou o levantamento sobre os projetos e pagamentos pendentes em Brasília. De posse dos documentos, deverá pedir a intervenção de Temer para liberação dos recursos prometidos.
Aos poucos, a equipe de Gean Loureiro pretende se inteirar da situação geral da prefeitura da Capital. Problemas é que não faltam. De um lado, o centro tomado pelos camelôs que transformaram as ruas da Capital num vergonhoso mafuá a criar obstáculos a cegos e cadeirantes, a travar a passagem dos pedestres e a uma concorrência desleal e ilegal. À noite, o crack dominando o centro. De outro lado, obras que se estendem por anos, como um trecho de um quilômetro na Beira-Mar, há meses aberto parcialmente, com riscos para motoristas, porque falta concluir o muro da casa do governador.
O total da dívida geral da prefeitura é desconhecido. Fala-se de R$ 80 milhões a R$ 120 milhões. A folha de pessoal está em 54% da receita, bem superior à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Loureiro se inteira de dados para não ser surpreendido na posse, no auge da temporada. Teme encontrar uma Caixa de Pandora.
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