O presidente americano, Donald Trump, assegurou nesta terça-feira (17) que a reunião que manteve com o líder russo, Vladimir Putin, foi “ainda melhor” do que a cúpula de países da Otan, apesar da avalanche de críticas recebidas.

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“Embora tenha sido uma grande reunião com a Otan (…) tive um encontro ainda melhor com Vladimir Putin, da Rússia. Infelizmente, não está sendo reportada dessa forma. (A imprensa de) ‘Fake News’ está ficando louca!”, assinalou o presidente no Twitter.

Trump está sendo duramente criticado por aliados e adversários desde a entrevista coletiva que manteve na segunda-feira com Putin, na Finlândia, quando publicamente menosprezou a convicção dos órgãos de Inteligência sobre a ingerência russa nas eleições presidenciais americanas de 2016.

Nessa entrevista coletiva, Trump afirmou que perguntou a Putin sobre a suposta ingerência da Rússia nas eleições.

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Putin “me disse que não foi a Rússia. Só direi que não vejo razão alguma para que tenha sido”, expressou Trump, em uma declaração que, na prática, ignorou as conclusões de órgãos da Inteligência e do próprio Departamento de Justiça.

Dias antes dessa reunião com Putin, o Departamento de Justiça acusou formalmente 13 cidadãos russos pela ingerência nas eleições de 2016.

Por isso, legisladores e ex-funcionários do Partido Republicano e do Partido Democrata classificaram o desempenho de Trump como “vergonhoso”, “covarde” e até “à beira da traição”.

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Em outra mensagem no Twitter, Trump inclusive agradeceu ao único senador republicano que saiu em sua defesa, Rand Paul, que, coincidentemente, se opôs a várias iniciativas de lei da Casa Branca por considerar que não são conservadoras o suficiente.

Em uma entrevista à emissora CNN, Paul disse que as críticas ao presidente obedecem a uma “síndrome mental anti-Trump”.

Com relação à cúpula da Otan, Trump afirmou nesta terça que os países que compõem o bloco “pagarão mais centenas de milhões de dólares no futuro, somente graças a mim”.

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“A imprensa apenas diz que fui descortês com os outros líderes, mas nunca menciona o dinheiro!”, se defendeu.

* AFP