Todo fim de ano, além de projetar o que será o futuro, a gente também olha para trás lembrando o que passou. Coisas boas e ruins acontecem com todos, e não seria diferente com Avaí e Figueirense. O Leão termina a temporada por cima da carne seca, retornou para a Série A, mas começou 2018 amargando um sexto lugar no Estadual. Já o Figueira faturou o Catarinense, entrou embalado na Série B e sucumbiu depois. A pressão interna, com os atrasos salariais, e externa, com os aportes que nunca chegaram, minaram a reta final. Relembre com a gente um pouco do ano que está acabando.
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O ano do Leão
Catarinense
O Avaí fez a pré-temporada em Águas Mornas, mesmo local que será utilizado em 2019. Entre as novidades do grupo estavam Martinuccio, André Mortiz e Rubinho. A estreia no Catarinense foi com derrota: 1 a 0 para o Inter de Lages. O mês terminou com um clássico eletrizante na Ressacada, empate em 3 a 3 com o Figueirense. No Estadual, o Leão terminou a competição na sexta colocação.
Copa do Brasil
O Leão começou a Copa do Brasil com uma vitória por 3 a 2 sobre o Ceilândia, fora de casa, garantindo a classificação direta. Romulo e Luanzinho, duas vezes, marcaram. Na segunda fase, o Avaí bateu o Juventude por 2 a 0 e avançou para enfrentar o Fluminense, vencendo por 2 a 1 no Rio e 1 a 0 na Ressacada. Já na quarta fase, o Leão caiu. Após empate em 2 a 2 em casa, a equipe azurra foi derrotada por 2 a 0 pelo Goiás, no Serra Dourada, e deu adeus à competição.
Série B
Após cair na Copa do Brasil, o Avaí demitiu o técnico Claudinei Oliveira e contratou Geninho. A estreia foi no empate em 2 a 2 com o Brasil-RS, em casa, mas a equipe azurra engrenou com a chegada do comandante. A alteração do esquema para o 3-5-2, com Betão, Airton e Alemão na zaga, deu fôlego para a equipe caminhar sempre na parte de cima da tabela.
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Marquinhos
No dia 8 de junho de 2018, anote aí torcedor azurra, o ídolo Marquinhos fez seu último gol com a camisa do Avaí. Contra o Coritiba, de pênalti, o Galego superou o goleiro Wilson para aumentar o seu recorde como maior artilheiro do estádio da Ressacada.
O ano da despedida de Marquinhos ainda terminou com o acesso à Série A, como um presente dele para o time que tanto ama.
Acesso
A reta final da Série B foi tensa para o Leão. O time chegou a ficar uma rodada fora do G-4 e a dúvida sobre o acesso apareceu, mas uma vitória por 3 a 0 sobre o Goiás, fora de casa, e o 1 a 0 em cima do CSA, em Alagoas, gol de Getúlio, fez a Série A ficar ainda mais perto. O empate sem gols com a Ponte Preta na última rodada, na Ressacada, fez a torcida azurra explodir e invadir o gramado para comemorar.
O ano do Furacão
Início
O ano do Figueirense começou com reformulação, já que em 2017 o clube quase foi rebaixado à Série C. Felipe Faro assumiu como diretor de futebol. Com poucos recursos, a pré-temporada foi feita no CFT do Cambirela e o clube trouxe jogadores como Romarinho, Ferrareis, Denis e Maikon Leite, pedidos pelo técnico Milton Cruz. A estreia no Catarinense foi com vitória de 1 a 0 em cima do Criciúma. Se teve uma coisa que deu certo no Furacão em 2018 foi o time do Estadual, que acabou campeão ao vencer a Chapecoense por 2 a 0 da Arena Condá.
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Copa do Brasil
A caminhada alvinegra na competição foi até a terceira fase. A estreia foi com vitória por 2 a 0 sobre o Treze, na Paraíba. Na sequência, em casa, o Furacão venceu o Oeste por 2 a 1 com direito a gol de Cleberson nos acréscimos. Depois o time pegou o Atlético-MG, perdendo por 1 a 0 no Scarpelli e vencendo por 2 a 1 no Independência. Nos pênaltis, porém, o Furacão foi eliminado – Jorge Henrique e Diego Renan desperdiçaram as cobranças.
Série B
Embalado pelo título do Catarinense, o início da Série B foi promissor. O time do técnico Milton Cruz jogava fácil e enfileirou três vitórias consecutivas. No G-4, a expectativa era de que o time brigasse pelo acesso. Mas o desempenho começou a oscilar, vieram derrotas em sequência e o ambiente ficou pesado por conta dos atrasos salariais. O clima ruim custou o emprego de Milton Cruz, demitido em 8 de setembro. O clube trouxe Rogério Micale, mas o caldo já havia desandado. Em 12 jogos, o time venceu apenas uma, perdeu seis vezes e empatou cinco.
Salários atrasados
A temporada começou com o 13º de 2017 e alguns meses em atraso, mas a situação financeira foi se agravando. Ainda no Catarinense os atletas conviveram com os atrasos, mas na Série B ficou praticamente insustentável. Promessas de pagamentos não confirmadas e com o ambiente ruim, chegando há quatro meses sem receber, ajudaram o clube a cair feito pedra na tabela. Até a última rodada o Figueira correu risco de rebaixamento, e pelo segundo ano consecutivo.
Troca de comando
Sem nenhum “aporte”, termo utilizado pelo então mandatário Cláudio Vernalha aos quatro ventos, a situação complicou. Um dos parceiros resolveu assumir o clube. Cláudio Honigman passou a comandar as ações do futebol. O ano termina com alguns salários quitados, mas com atletas saindo via Justiça do Trabalho pela falta de depósito do FGTS combinado com os salários.
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Números da dupla em 2018
Avaí
62 jogos
26 vitórias
20 empates
16 derrotas
82 gols marcados
60 gols sofridos
Figueirense
61 jogos
25 vitórias
19 empates
17 derrotas
80 gols marcados
68 gols sofridos
Clássicos em 2018
1º/9 — Avaí 0 x 1 Figueirense
12/5 — Figueirense 0 x 1 Avaí
11/3 — Figueirense 1 x 1 Avaí
28/1 — Avaí 3 x 3 Figueirense