Vendedor de cocada multado em R$ 1,6 mil, invasão de cobras e até desabamento de calçada. Esses foram alguns dos acontecimentos que marcaram Joinville e região em 2021.
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Em virtude da vacinação contra a Covid-19, 2021 foi marcado pelo ano da retomada em diversas áreas da sociedade. Em Joinville, a imunização começou em janeiro e já ultrapassou a marca de 84% da população imunizada com as duas doses. Como fator curioso, a maioria das pessoas recebeu a dose em uma parte inusitada do corpo: no glúteo.
Um evento que só foi realizado graças ao avanço da vacinação foi o 38º Festival de Dança de Joinville, que retornou após paralisação em 2020. Apesar do susto com uma equipe de dançarinos, o festival foi realizado. Em 12 dias de evento, foram mais de 1,5 mil coreografias apresentadas na Mostra Competitiva, Meia Ponta e nos palcos abertos espalhados pela cidade.
Levando em consideração esses e outros fatos marcantes, o AN preparou uma retrospectiva com as notícias que mais chamaram a atenção dos leitores de Joinville e região em 2021:
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Vacinação virou motivo de esperança… e piada
A aplicação da dose da vacina contra a Covid-19 começou em 19 de janeiro. A primeira pessoa vacinada foi a copeira do Hospital São José, Rosângela de Oliveira Cardoso, de 51 anos. Ela estava inclusiva em um dos grupos prioritários que poderia receber o imunizante. As primeiras doses foram destinadas para os profissionais da saúde, indígenas e quilombolas, e para os idosos residentes de asilos ou casas de repouso com 60 anos ou mais.
Desde o início, uma das estratégias de Joinville para imunizar os moradores foi a realização de agendamento no site da prefeitura. O método foi usado até 19 de outubro, quando passou a ser adotado o modelo espontâneo de vacinação, devido à adesão desse procedimento e ao avanço da imunização.
Uma das pessoas vacinadas na cidade foi a engenheira mecânica, Laura Braz. Um post dela nas redes sociais fez Joinville viralizar por causa do local onde a vacina da Covid-19 é aplicada no corpo: na região dos glúteos e não no braço, como o restante dos brasileiros. A repercussão foi tanta, que virou assunto também nos Estados Unidos, graças a uma reportagem publicada no Washington Post, que falava sobre a foto, piadas e memes com a vacina “no bumbum”. De acordo com a prefeitura, a vacina é aplicada na região dos glúteos e não no braço, pois já é uma rotina estabelecida no município para aplicação de outras vacinas intramusculares.

Queima de um dos patrimônios culturais de Joinville
Joinville acabou perdendo parte de seu patrimônio cultural em 2021. Isso porque um dos prédios da Cidadela Cultural Antarctica pegou fogo em 19 de março. O incêndio aconteceu no pavilhão dos fundos do complexo, construído no início do século passado para ser uma cervejaria. Apesar do susto ninguém ficou ferido.
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Em laudo pericial realizado após o incêndio na Cidadela Cultural Antarctica, foi concluído que o evento foi “decorrente de ação humana, não sendo possível determinar se proposital ou acidental”.
O pavilhão incendiado chegou a sediar exposições de arte depois que o prédio foi adquirido pela Prefeitura de Joinville em 2000, mas há anos estava desativado.
BR-376 foi marcada por tragédias
A BR-376 tem sido cenário de uma série de acidentes graves ao longo deste ano no trecho próximo da divisa entre Paraná e Santa Catarina. Um deles foi a tragédia com um ônibus de turismo que deixou pelo menos 19 mortos e 33 feridos em 25 de janeiro. O acidente aconteceu no quilômetro 668 da rodovia federal, em um trecho conhecido como curva da Santa, em Guaratuba (PR). O ônibus, com placas de Belém (PA), saiu de Ananindeua (PA) com destino a Balneário Camboriú e São José. Ele descia em direção a Santa Catarina, quando saiu da pista e tombou.
Além dessa tragédia, um outro acidente também causou repercussão pela gravidade nesse mesmo trajeto. Uma colisão entre um ônibus e um caminhão deixou duas pessoas mortas, duas gravemente feridas e outras 18 com ferimentos leves em 08 de julho. O caminhão se envolveu no acidente depois do ônibus, que transportava atletas de futsal, tombar na rodovia.
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Diante de tantos desastres, o AN foi atrás de motoristas, órgãos oficiais e uma especialista para entender as razões para tantos perigos enfrentados diariamente por quem passa pela rodovia. As respostas podem ser acessadas nesta reportagem especial.
Pela primeira vez na história, Joinville registra mortes por dengue
Em Joinville, cinco pessoas morreram por complicações no quadro de saúde causadas pela dengue. O município nunca havia registrado óbitos pela doença antes na história.
O primeiro óbito por dengue na cidade aconteceu com um homem de 49 anos em 7 de maio. A segunda vítima foi um homem de 75 anos, morador do bairro Floresta e morreu três dias depois da primeira morte, em 10 de maio.
Caso de menino desnutrido em Joinville viraliza
“Desespero e tristeza”. É assim que a nutricionista Verônica Petry Nunes, de 23 anos, definiu a situação vivida durante uma consulta realizada em 25 de agosto. Na ocasião, a profissional atendeu a um menino de dez anos, em estado de desnutrição.
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– Ele me disse que parou de comer porque a comida está cara e a mãe dele sem dinheiro. Ele percebia que se ele comesse, estava comendo um dinheiro, então decidiu não comer porque, na cabeça dele, estava economizando – revelou a nutricionista
O caso ficou conhecido após Verônica fazer um post sobre a consulta no Twitter. O tuíte da nutricionista teve 23,6 mil retweets e 258,7 mil curtidas.
Vendedor de cocadas multado em R$ 1,6 mil
Em setembro, uma punição a um vendedor ambulante causou indignação em muitos joinvilenses. Fiscais da prefeitura de Joinville multaram um homem no valor de R$ 1,6 mil por vender cocadas no terminal de ônibus do Centro, além da multa, eles ainda apreenderam a cesta com os doces do vendedor.
Diante da repercussão do caso, algumas entidades se manifestaram a respeito do ocorrido, uma delas foi a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), que chamou a atuação de ambulantes de “prática nociva” e “concorrência desleal” para o comércio.
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O prefeito Adriano Silva também se pronunciou, em tom de lamentação, disse que o “município é meramente um executor das leis já existentes”, porém disse “estar aberto” para a revisão. A Câmara de Vereadores também pensa dessa forma. Em nota, a Casa se manifestou favorável a rever a legislação, e, se necessário, fazer a revisão da lei.
Festival de Dança retorna em meio à pandemia
A vacinação e a queda de casos e mortes pela Covid-19 permitiram a retomada de várias atividades na sociedade que estavam suspensas durante a pandemia. Uma delas foi o Festival de Dança de Joinville, que não aconteceu em 2020, e retornou com uma série de protocolos para evitar a disseminação do novo coronavírus..
A 38ª edição do evento foi realizada entre 5 e 12 de outubro, foram mais de 1,5 mil coreografias apresentadas. Cerca de 6 mil pessoas de 18 estados brasileiros, da Argentina e Paraguai participaram das apresentações, cursos e workshops durante o festival.
Durante os 12 dias de evento, uma história de superação comoveu os joinvilenses. Um acidente entre um caminhão e uma van deixou oito pessoas feridas na madrugada de 08 de outubro. A van era ocupada por bailarinos de Brasília que iriam se apresentar no evento, entre eles, uma dançarina teve o dedo amputado e precisou passar por cirurgia. Os mesmos bailarinos venceram um prêmio especial pelo exemplo de superação, pois continuaram participando das competições e ainda subiram ao pódio três vezes.
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Sem divisão nacional, JEC vira clube-empresa para se reerguer
Um clube que desceu ladeira abaixo: assim é possível descrever os últimos anos do JEC. Em um intervalo de sete anos, o time conquistou o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, sofreu três rebaixamentos e ficou de fora de todas as competições nacionais, pois a equipe não conseguiu garantir calendário na Série D do Campeonato Brasileiro de 2022 pela campanha no estadual.
No caminho para tentar sair do buraco, a mudança na gestão do clube é vista atualmente como uma das esperanças. Em 1º de dezembro, o JEC definiu modelo de clube-empresa para adotar a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e poderá vender 90% das ações para investidores. A SAF é uma lei que permite que os times se enquadrem como clube-empresa e possam, por exemplo, pedir recuperação judicial e negociar suas dívidas por meio da Justiça.
Para entender como o clube chegou na atual situação, o AN preparou uma reportagem especial que busca explicações para o decínio do time nas últimas temporadas.
Invasão de cobras em Jaraguá do Sul
Os últimos meses de 2021 foram marcados por sustos para os moradores de Jaraguá do Sul. Segundo estimativa da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), mais de 250 cobras foram capturadas até o final de outubro, uma média de quase uma serpente por dia encontrada na área urbana da cidade do Norte de SC.
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Os jaraguaenses se deparam com o animal em diversos cenários: no quarto de ferramentas, no banho, no vaso sanitário, no quintal e até na pia da cozinha. Entre as cobras encontradas, estava a maior espécie de cobra venenosa da região, uma jararacuçu que pesa um quilo e tem o comprimento de um metro.
De acordo com o biólogo da fundação, Christian Raboch, uma das explicações para o número expressivo de capturas é a de que a cidade tem mais de 40% do território composto por Mata Atlântica, além de muitos rios. Um “ambiente perfeito” para a presença de cobras.
Queda da calçada choca na abertura do Natal
Uma calçada cedeu e várias pessoas caíram no rio Cachoeira durante a abertura do Natal de Joinville. O acidente aconteceu na avenida Beira-rio, próximo do prédio da prefeitura e do camelódromo, na noite de 22 de novembro. No total, 33 joinvilenses, entre adultos e crianças, estavam na estrutura que cedeu. Ninguém sofreu ferimentos graves.
Os socorristas, policiais e pessoas que estavam acompanhando o evento ajudaram no resgate das vítimas. A auxiliar administrativa Thalita Oliveira foi uma das pessoas que caíram no desabamento.
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– Foi muito rápido, a gente nem sentiu o chão se abrir. Só percebeu quando tinha água em cima da gente. A impressão que a gente tinha é que íamos ficar soterrados – declara.
Mesmo após o desabamento, a prefeitura decidiu continuar a programação do evento. O prefeito de Joinville, Adriano Silva, justificou a decisão dizendo que houve “respeito e cuidado” e que o espetáculo só foi retomado depois da constatação de que não havia pessoas gravemente feridas.
Segundo o laudo entregue à Polícia Civil, a queda foi causada por um problema em uma viga.
*Sob supervisão de Lucas Paraizo
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