Depois do terceiro recuo consecutivo na margem do IBC-Br de agosto, o Relatório de Mercado Focus trouxe mais uma revisão para o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o documento divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, a perspectiva de retração da economia neste ano passou de 2,97% para 3% – um mês antes estava em queda de 2,70%.

Continua depois da publicidade

Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,20% para -1,22%. Quatro semanas atrás estava negativa em 0,80%.

CPMF é crucial para Brasil voltar a crescer, afirma Dilma

Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.

No caso da produção industrial, não houve mudanças nas previsões: a mediana das expectativas seguiu em baixa de 7% para 2015 e se manteve em queda de 1% para 2016. Há quatro semanas, as medianas destas previsões eram de, respectivamente, -6,45% e +0,20%.

Continua depois da publicidade

Já em relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas passou por ajustes. Para 2015, caiu de 35,90% para 35,65% – quatro edições antes estava em 36,3%. Para 2016, a taxa saiu de 39,50% para 39,20%, mesma taxa vista quatro semanas atrás.

Superávit comercial

O Relatório de Mercado traz boas notícias do setor externo. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o superávit da balança comercial de 2015 subiu de US$ 12,99 bilhões para US$ 13,20 bilhões de uma semana para outra.

Quatro boletins atrás, estava em US$ 10 bilhões. Para 2016, houve estabilidade da estimativa mediana de US$ 25 bilhões de uma semana para outra – quatro edições atrás do documento, estava em US$ 21,30 bilhões.

Inflação sobe em três das sete capitais analisadas pela FGV

No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro também seguiu com a tendência de ajustes para melhor: a expectativa de um déficit de US$ 65,50 bilhões foi substituída pela previsão de um rombo menor, de US$ 65 bilhões. Quatro semanas atrás, a projeção era de déficit de US$ 71 bilhões.

Continua depois da publicidade

Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo deu mais um passo largo nesta semana, passando de US$ 50 bilhões para US$ 47,75 bilhões – um mês antes estava em US$ 65 bilhões.

Emprego na indústria tem queda anual de 6,9% em agosto, a maior desde 2001

Com esse movimento de redução, os analistas consultados semanalmente pelo BC estimam que o ingresso de investimentos para o setor produtivo já poderá cobrir integralmente o resultado deficitário em 2016, como já prevê o Banco Central para este ano.

Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo em abril. A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) saiu de US$ 61,50 bilhões para US$ 62,50 bilhões em 2015. Para 2016, prosseguiu em US$ 60 bilhões de uma semana para outra.

Vendas do varejo em agosto têm pior resultado em 15 anos, diz IBGE

IGPs

As projeções do mercado financeiro para os IGPs foram as que mais subiram em termos de inflação no Relatório de Mercado Focus. Para o IGP-DI de 2015, a mediana das estimativas passou de 9,15% para 9,46% – um mês atrás estava em 8,25%. Para 2016, a previsão central da pesquisa Focus avançou de 5,86% para 5,89% – quatro semanas atrás, estava em 5,75%.

Continua depois da publicidade

No caso do IGP-M de 2015, a taxa mediana saltou de 9,15% para 9,33%, bem acima da expectativa apresentada um mês atrás, de 7,86%. Para 2016, o ponto central da pesquisa saiu de 5,93% para 5,96% – há quatro edições, estava em 5,76%.

Leia as últimas notícias