Os testes da vacina da Universidade de Oxford contra o coronavírus foram retomados neste sábado (12). O anúncio foi feito pela gigante farmacêutica AstraZeneca, que havia interrompido “voluntariamente” os ensaios clínicos após um paciente desenvolver uma “doença misteriosa”. As informações são da AFP.

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O laboratório recebeu o aval da Autoridade Reguladora da Saúde do Reino Unido e, com isso, retoma oficialmente os trabalhos que estão na Fase 3 — em que 30 mil pessoas participam dos testes para o desenvolvimento da imunização contra a Covid-19.

Depois que a AstraZeneca anunciou, na quarta-feira (9), que iria paralisar momentaneamente os estudos, um comitê foi formado para revisar todas as medidas de segurança. O trabalho também envolveu a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o principal objetivo era evitar potenciais efeitos colaterais nos voluntários.

O que é a vacina de Oxford

A vacina da Universidade de Oxford, conhecida pelos cientistas como AZD1222, é uma das nove que estão sendo testadas em todo o mundo. Ela é uma versão mais benigna do adenovírus que causa o resfriado comum, mas geneticamente modificada para combater a proteína que a Covid-19 usa para invadir células humanas.

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Ou seja: ao ser vacinado, caso se confirmem todas as fases da testagem, o paciente passa a produzir essa proteína e, como consequência, permite ao sistema imunológico que ataque o coronavírus caso ele entre no corpo.

15 milhões de doses no Brasil até o fim do ano

Ao menos 15 milhões de vacinas contra o novo coronavírus podem chegar ao Brasil até o fim deste ano. É isso que prevê um convênio assinado entre o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório AstraZeneca — ligado ao governo britânico. 

Caso a imunização seja eficiente e segura, o país irá adquirir tecnologia e produção equivalente a 100 milhões de doses — sendo que 15% chegariam até dezembro, de acordo com nota publicada pelo governo federal. A vacina em questão é a que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.

O total que será investido para a fabricação da vacina contra a Covid-19 beira os R$ 2 bilhões. São R$ 522 milhões que serão repassados à unidade de Bio-Manguinhos, estrutura da Fiocruz que faz a produção de imunobiológicos. 

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Outro montante de recursos, de R$ 1,3 bilhão, é referente àquilo que o Ministério da Saúde chama de “encomenda tecnológica” e corresponde a todo o trâmite até a finalização da vacina contra o novo coronavírus.