O barulho das madeiras sendo descarregadas de uma caminhonete e o entra e sai de operários de uma obra no início da Rua Professor Jacob Ineichen, no Bairro Itoupavazinha, em Blumenau, mostra que o projeto de se ter uma Cozinha Comunitária na cidade ganhou novo fôlego. Depois de quase três anos abandonada por causa da desistência da empresa vencedora da licitação, a construção reiniciou no começo do mês e deve ser concluída em 40 dias. Além desta, outras duas estruturas para alimentação de pessoas com baixa renda devem ter as obras retomadas: o Banco de Alimentos e o Restaurante Popular.

Continua depois da publicidade

Secretário de Desenvolvimento Social (Semudes), Marco Antônio Wanrowsky explica que está sendo feito levantamento de como estão os projetos. Ele acredita que a próxima obra a recomeçar será o Banco de Alimentos. Por último, ficará o Restaurante Popular, considerado mais complexo.

– Até o fim do ano, a Cozinha Comunitária e o Banco de Alimentos devem estar prontos. A obra do restaurante está passando por adequações de planilhas e depois será licitada. Em paralelo, temos a preocupação de preparar pessoal para atuar nas estruturas – explica Wanrowsky.

O valor para as obras – em torno de R$ 1,9 milhão – foi repassado pelo Orçamento Geral da União, em 2007, para a Caixa Econômica Federal, que administra o fundo. Em 2009, a Empresa Prosil Assessoria, Projeto e Construções assinou a ordem de serviço. As estruturas deveriam ter sido entregues em 2010, mas não foram concluídas porque a empresa vencedora da licitação as abandonou.

Continua depois da publicidade

– A empresa que iniciou as três obras e paralisou os trabalhos logo em seguida alegou que teve demora no pagamento por parte da Caixa. Ela decretou falência e tivemos de iniciar todos os processos de licitação novamente, por isso a demora – afirma a engenheira da Semudes, Velidiane Serafim.

A prefeitura tentou entregar a obra para a Companhia Urbanizadora de Blumenau (URB), mas não conseguiu. Segundo a engenheira, a empresa que ganhou a licitação da Cozinha Comunitária será a mesma que vai retomar os trabalhos no Banco de Alimentos.

– As duas obras são rápidas e a maior dificuldade que a Semudes enfrentou foi na parte burocrática. A questão de a empresa ter abandonado as obras nos levou a abrir nova licitação e, além disso, a gente teve de modificar critérios da planilha com a Caixa, pois é o banco que administra o fundo – ressalta a engenheira.

Continua depois da publicidade

Velidiane afirma que as obras da Cozinha Comunitária já passaram pela primeira medição e em 40 dias a parte estrutural deve ser concluída. Depois, a equipe se reunirá para discutir sobre a instalação dos equipamentos, já inclusos no orçamento. De acordo com a engenheira, a construção do Banco de Alimentos deve ser reiniciada assim que a Semudes tiver a autorização da Caixa. Já o Restaurante Popular precisará passar por nova licitação.

>> Confira a matéria completa na edição impressa do Santa desta terça-feira >>