Dois meses após o Exército ter abandonado as obras da Via Expressa Portuária de Itajaí, alegando demora nas desapropriações, ainda não há previsão de retomada dos trabalhos.
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O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que aguarda o término dos processos de indenização dos imóveis, que estão sob responsabilidade da prefeitura, para que a empreitada reinicie.
Falta ainda a aprovação do projeto do viaduto da Rua Reinaldo Schmithausen, que passa por análise final do órgão em Brasília. De acordo com a assessoria de comunicação do DNIT, um novo convênio pode ser feito com os militares do 10º Batalhão de Engenharia, que estavam responsáveis pela primeira parte dos trabalhos, para que construam a segunda etapa.
Mas também há possibilidade de contratação de uma empresa privada. A decisão quanto a isto dependerá das especificações do projeto e do prazo para conclusão. Até agora, 80 dos 155 imóveis que estão no trajeto da primeira fase da obra já foram desapropriados – metade através do convênio com o DNIT, que prevê recursos de R$ 12 milhões.
Os demais foram pagos pelo município. Desde que foi firmado o acordo com o órgão federal, em 2010, a prefeitura recebeu dois repasses. Ainda falta o último, de R$ 4 milhões.
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– Estamos preparando a prestação de contas do segundo repasse, e aguardamos o terceiro para providenciar as indenizações remanescentes – diz Amarildo Madeira, coordenador da Comissão de Desapropriação da Via Expressa.
Segundo ele, a falta de documentação de parte dos imóveis tem sido um empecilho para a agilidade das desapropriações. Muitos imóveis precisam ser regularizados para que possam ser indenizados. A previsão é que os processos sejam concluídos até fevereiro de 2013, quando vence o convênio com o DNIT.
A obra da Via Expressa Portuária de Itajaí é essencial para agilizar o transporte de cargas em direção ao porto. A empreitada foi incluída, no início do mês, em uma lista de 51 obras prioritárias para garantir o fôlego econômico e a competitividade no Sul do Brasil. A relação foi produzida através de um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e das federações das indústrias de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
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