O governo uruguaio confirmou a retirada de um lote de um medicamento destinado a combater a hipertensão que contém valsartan, um componente restrito na Europa por mudanças em sua produção, embora as autoridades recomendem aos usuários continuar seus tratamentos.
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O ministro da Saúde, Alfredo Basso, ratificou nesta sexta-feira que foram retiradas do mercado parcelas do medicamento que contêm o princípio ativo valsartan modificado, embora tenha destacado que “não são todas as marcas nem todos os lotes” comercializados no Uruguai.
O Ministério destacou que a retirada dos medicamentos do mercado local foi realizada “em aplicação do princípio de precaução” em função de medidas e recomendações de outras agências de referência no tema. São dezenas de lotes correspondentes a três laboratórios com vencimentos que vão de 2018 a 2021.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou recentemente que um fabricante chinês do valsartan detectou uma impureza em lotes distribuídos a diferentes empresas em nível internacional, que foi registrada devido a modificações no processo de elaboração. Por isso, abriu uma investigação e restringiu o uso do medicamento.
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No entanto, Basso advertiu que “as pessoas que vinham tomando a medicação não devem deixar de fazer isso”, para evitar “efeitos negativos” na saúde dos usuários. Nesse sentido, recomendou manter os tratamentos com os remédios adquiridos até que cheguem lotes de reposição.
Segundo as autoridades de saúde locais, 36% da população do Uruguai sofre de hipertensão arterial e precisa usar medicamentos de forma crônica.
* AFP