Funcionários da Dom Parking se reuniram em frente ao escritório da empresa no final da tarde desta sexta-feira (11) para impedir que computares e outros materiais fossem retirados do local. A empresa era responsável pelo controle de estacionamento rotativo em Florianópolis, a chamada Zona Azul, até o início de setembro, quando a prefeitura rompeu o contrato de serviço por causa de irregularidades.
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Os trabalhadores, que foram colocados em férias coletivas desde o dia 16 de setembro, alegam que a retirada dos eletrônicos pode significar a omissão de provas sobre a falta de pagamento dos direitos trabalhistas dos funcionários, motivo pelo qual só iriam deixar sair do estabelecimento, se fossem "para um lugar seguro":
— Quando nós ficamos sabendo que o caminhão estava carregando tudo do escritório, viemos até aqui para impedir, porque tem prova de tudo que fizeram e informações de todos os funcionários que deixaram de pagar, como é o meu caso — diz Dalila Luiza Rodrigues, que saiu da empresa há um ano e ainda não recebeu a rescisão.
Os responsáveis pela empresa não estavam no escritório no momento em que iniciou a confusão e, também, não se dirigiram ao endereço para resolver a situação. A Polícia Militar esteve no local até a chegada da Guarda Municipal de Florianópolis.
Segundo o vereador Lela (PDT), os empresários já foram intimados por edital, a comparecer na CPI da Zona Azul. A investigação foi aberta há um mês em Florianópolis. A reunião está marcada para as 9h de segunda-feira (14).
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— Nos computadores que estavam sendo carregados está o levantamento de dados dos últimos seis anos, tempo em que a empresa prestou serviços para a prefeitura, e que são essenciais para descobrirmos porque os mais de R$ 20 milhões não foram repassados para o Executivo — explicou.

Por volta das 20h, o material que estava no caminhão de fretes foi conduzido até a Câmara de Vereadores, onde deve ficar depositado. Os vereadores Lela e Gabrielzinho (PSB), que é o relator da CPI, assumiram a responsabilidade, como fiéis depositários. Eles ainda procuram, junto à Prefeitura de Florianópolis, meios para lacrar o escritório, de modo a impedir que o restante dos equipamentos seja retirado.
Contraponto
A reportagem procurou a empresa para comentar o caso, mas não obteve retorno até o momento.
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