Catarinenses decidem neste domingo (6) quem serão os prefeitos e vereadores de 295 municípios pelos próximos quatro anos. Confira como a corrida eleitoral chega ao fim nas principais cidades do Estado.
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Balneário Camboriú: Troca de farpas e acusações entre favoritos
Com seis candidatos, Balneário Camboriú tem uma eleição polarizada entre o PL de Peeter Grando e o PSD de Juliana Pavan. Ambos disputam o eleitorado de direita. De um lado, o herdeiro político do prefeito Fabrício Oliveira (PL), estreante nas urnas, aposta no “fator novidade”. De outro, a filha do ex-governador Leonel Pavan (PSD), que é vereadora de oposição, propõe mudança.
A campanha na Dubai Brasileira é marcada por acusações mútuas e trocas de farpas entre os candidatos. O que é curioso, uma vez que Peeter e Juliana já estiveram no mesmo lado: são egressos do PSDB, da época em que Leonel Pavan e Fabrício Oliveira dividiam o ninho tucano.
O fato é que a disputa eleitoral em Balneário Camboriú esquentou muito antes da definição das candidaturas, com a implosão do PL local. Pré-candidato, o deputado estadual Carlos Humberto, líder do governo Jorginho na Alesc, foi preterido pela escolha do prefeito, Fabrício Oliveira, que buscou um nome novo. O processo contou com a intervenção do próprio Jair Bolsonaro, procurado pelo pastor Silas Malafaia a pedido de um pastor do entorno de Fabrício. Acionado por Bolsonaro, Jorginho cedeu e deixou nas mãos do prefeito a escolha do candidato liberal, num movimento oposto ao que conduziu em todo o Estado.
A escolha causou estremecimento no PL. Juliana Pavan aproveitou o flanco para investir na raia do PL em busca do voto bolsonarista — posou com algumas das principais lideranças do bolsonarismo em SC e pisou em território inimigo durante a realização do congresso conservador CPAC, realizado no município em julho.
A reta final de campanha trouxe um fato novo para a disputa com denúncias publicadas pela Folha de S. Paulo, endossadas pelo PL, de que Leonel Pavan teria supostamente negociado futuros contratos nas prefeituras de Camboriú (onde é candidato) e Balneário Camboriú (onde Juliana é candidata) em troca de caixa dois para a campanha. As supostas negociações são negadas por Pavan.
As denúncias estremeceram a campanha em Balneário Camboriú nos últimos dias, com o PL investindo fortemente em acusações contra o PSD, e apelando à Justiça Eleitoral. Nos bastidores, a artilharia pesada é lida como uma reação do prefeito Fabrício Oliveira à proximidade das eleições e ao movimento de alto risco que comandou em Balneário Camboriú. Ao chamar para si a responsabilidade de escolher o candidato, o prefeito, que é uma das mais promissoras figuras do PL Estadual, está exposto sozinho ao ônus e ao bônus de uma vitória ou derrota.
Blumenau: Sensação de que o jogo está aberto
Na véspera da eleição para prefeito em Blumenau, predomina entre os estafes das campanhas a sensação de que o jogo está aberto. Levantamentos internos dos partidos apontam certa vantagem de Delegado Egidio (PL) na disputa. Além da máquina pública à disposição (é o candidato do atual prefeito, Mário Hildebrandt), o deputado estadual tem apoio do governador Jorginho Mello (PL), um exército de postulantes à Câmara de Vereadores e o tão desejado, no campo da direita, vídeo de pedido de voto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A concorrência por uma eventual vaga no segundo turno, por outro lado, parece acirrada. “Trackings” (monitoramento do comportamento do eleitor) do PT e do Novo dão vantagem, respectivamente, a Ana Paula Lima e Odair Tramontin nesta corrida paralela. Pesquisas de intenção de voto têm refletido essa gangorra entre ambos os candidatos. Como cada partido tem seu próprio rastreamento, o cenário, a esta altura do campeonato, é imprevisível. Cabe, no entanto, prudência às campanhas nesta hora para evitar o “oba-oba”. Nunca é demais lembrar que o blumenauense já protagonizou, em eleições passadas, viradas antes tidas como improváveis.
Com chapas puras e menos candidatos a vereador nas ruas, Ricardo Alba (Podemos) e Rosane Martins (PSOL) correm por fora. Se de um lado a trajetória solo tirou de ambos tempo de rádio e televisão e estrutura partidária, por outro abriu caminho para um discurso mais contundente e sem compromisso com coligações e parceiros de urna. Partiu de Alba e Rosane, em muitos debates, a artilharia mais pesada contra Delegado Egidio (PL), alvo preferencial dos concorrentes nas últimas semanas.
Pautas como problemas no abastecimento de água, falta de vagas em creches, filas para consultas de especialistas na rede de saúde, tratamento de esgoto e qualidade do serviço de transporte coletivo predominaram quando Blumenau esteve no centro do debate. Fora isso, surgiram momentos em que as estratégias partiram, de maneira intencional, para a polarização. Com isso, a campanha que começou morna foi esquentando com a aproximação do “Dia D”.
Houve tentativas de consolidação do discurso dentro de um espectro político (a pergunta sobre “quem é mais de direita” ecoou nos bastidores), citações a cartilhas e doutrinação partidária, críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ataques a lideranças nacionais da esquerda à direita. Nada disso resolve, na prática, os desafios de Blumenau. Mas serviu para manter acesa a chama de uma militância ideológica que pesa na hora da votação. A conferir no domingo próximo.
Chapecó: Eleição com olho em 2026
Pode estar em Chapecó um dos maiores favoritismos das eleições municipais em Santa Catarina. João Rodrigues (PSD) corre, desde o começo da campanha, na liderança. Antes mesmo de começar a disputa oficialmente, era impossível encontrar algum analista político ou cidadão comum que apontasse para algo diferente na eleição da maior cidade do Oeste do Estado. Em tentativa de reeleição, João conseguiu montar uma chapa com diferentes partidos e anular a presença do PL na disputa.
O partido do governador Jorginho Mello, apesar de ter nomes fortes na cidade como as deputadas federais Carol de Toni e Daniela Reinehr, optou por manter-se fora da corrida pelo Executivo. Os liberais lançaram somente chapa para a Câmara de Vereadores. Na propaganda na televisão, o PL usou parte do espaço para divulgar um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para que eleitores votem em candidatos da sigla ao Legislativo de Chapecó.
A ausência do PL na eleição da prefeitura comprova que João entrou com enorme favoritismo na campanha. Mesmo assim, o PT decidiu marcar posição e enfrentar o atual prefeito em uma chapa montada ao “48 do segundo tempo”. Numa convenção marcada pela surpresa, os petistas lançaram o deputado federal Pedro Uczai como candidato a prefeito e a deputada estadual Luciane Carminatti como vice. Ambos com larga experiência política e forte conhecimento de Chapecó.
Entretanto, a eleição na cidade também tem um pano de fundo: 2026. Tanto João como Pedro e Luciane têm pretensões para as eleições gerais que ocorrem daqui a dois anos. O atual prefeito deve ser o candidato ao governo do Estado pelo PSD, quando Uczai pretende disputar o Senado e Luciane uma cadeira de deputada federal. Caso se confirme o favoritismo do pessedista neste 6 de outubro, os petistas não devem sair abalados para os planos de 26. Pelo contrário, a tendência é de fortalecimento dos projetos pessoais.
Pelo Novo, Dadá Westphal é o terceiro candidato na eleição da cidade.
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Criciúma: No Sul, eleição agitada
Sabe-se que o maior município do Sul de Santa Catarina também é onde os movimentos políticos mais repercutem. Os temas são tratados, literalmente, em todas as rodas de conversa. Depois do que se viu neste ano, então, tudo indica que vai aumentar o interesse na cidade.
Apesar de não ser candidato à reeleição, o atual prefeito Clésio Salvaro (PSD), virou o principal assunto da campanha eleitoral. E isto contribuiu para o crescimento do nome apoiado por ele, Vaguinho (PSD). O ex-secretário da Fazenda da prefeitura na gestão de Salvaro não era a opção número 1 para disputar a eleição, mas acabou sendo o escolhido depois que Arleu da Silveira (PSD) não vingou.
Desde o começo da corrida, Vaguinho vinculou-se à imagem de Salvaro, que tem alto índice de aprovação no município. Em 3 de setembro, quando a campanha começava a ficar ainda mais intensa, o prefeito foi preso na Operação Caronte, o que esquentou ainda mais o clima na cidade. O discurso de injustiça foi emplacado pela campanha de Vaguinho, o que o ajudou a subir no cenário.
Como principal adversário, Ricardo Guidi (PL) apareceu como favorito nos primeiros dias de campanha. Ele fez uma mudança importante na carreira política para poder disputar a prefeitura de Criciúma, onde o pai dele, Altair Guidi, foi prefeito. Guidi era do PSD. Como não teve espaço no partido, preferiu deixar a sigla e a aliança com o deputado estadual Julio Garcia (PSD), para aceitar convite do governador Jorginho Mello e se filiar ao PL.
A campanha de Guidi, entretanto, foi marcada por altos e baixos, o que incluiu correção nos rumos durante o mês de setembro. No dia 20 de setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve na cidade para apoiá-lo, num movimento coordenado pela deputada federal Júlia Zanatta (PL).
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A corrida chega ao final como Vaguinho sendo apontado como o atual favorito para vencer a eleição, mas o bolsonarismo e a força de Guidi na cidade não são desprezadas e devem ser colocadas na balança. A eleição na cidade conta ainda com Arlindo Rocha (PT), José Paulo Ferrarezi (MDB), Julio Kaminski (Progressistas) e Jorge Godinho (Solidariedade). Nesta reta final, Jorginho Mello tentou fazer com que Ferrarezi e Kaminski desistissem da campanha para apoiar Guidi. Ambos negaram.
Florianópolis: Segundo turno em jogo
A principal incógnita na eleição de Florianópolis está na pergunta que vem sendo feita diariamente por quem acompanha o cenário político: a Capital catarinense terá segundo turno? Com Topazio (PSD) confirmando em duas pesquisas NSC/Quaest o favoritismo esperado, a ascensão dele indica que a disputa pode acabar em 6 de outubro. Por outro lado, outros quatro concorrentes ainda apresentam percentuais de relevância e tentam empurrar a eleição até o dia 27 de outubro, quando está marcado o segundo turno no país.
Topazio preferiu, ao longo da campanha, manter-se dentro de uma linha de propostas e de reações a críticas feitas pelos adversários. Já os adversários têm se dividido entre buscar espaços entre eles mesmos e tentar puxar Topazio para baixo e evitar que ele atinja o percentual necessário em votos válidos para vencer em primeiro turno.
Dário (PSDB), que nas duas pesquisas NSC/Quaest apareceu em segundo lugar, teve uma leve queda entre um levantamento e outro, enquanto Marquito (PSOL) subiu na mesma proporção. Isto explica o motivo pelo qual Dário já se posicionou nas redes sociais contra o candidato de esquerda. Caso se confirme o cenário dos levantamentos, os dois brigam pelo segundo lugar, que pode levar um dos dois a disputar a eleição em 27 de outubro. O candidato tucano foi quem mais procurou o enfrentamento direto com Topazio.
Lela (PT) se utilizou das redes sociais e da rádio e televisão para disparar contra Topazio, num claro movimento para desidratar o atual prefeito. Ele também tem buscado emplacar a imagem de que é o candidato do presidente Lula, sendo assim o “nome da esquerda” em Florianópolis. Uma nítida tentativa de desidratar Marquito e tentar firmar-se na parte superior da briga.
Por fim, Pedrão (Progressistas) se manteve numa campanha com propostas, voltadas principalmente para mobilidade urbana e pessoas em situação de rua. Claramente, a estrutura do candidato progressista é menor daquela apresentada até aqui pelos adversários, o que o coloca em menor vantagem para brigar com mais força, principalmente em comparação com os outros candidatos considerados de “direita”.
Itajaí: Após 27 anos, novidade garantida
Depois de 27 anos elegendo apenas dois prefeitos, sucessivamente — Jandir Bellini (PP) e Volnei Morastoni (MDB) — Itajaí tem a primeira eleição em que nenhum dos dois está na disputa. E isso fez da campanha à prefeitura uma das mais disputadas e mais caras do Estado.
O PL injetou R$ 1,9 milhão para turbinar Robison Coelho e Rubens Angioletti, que disputam em chapa pura. Robison bateu na trave em 2020, ficando atrás de Volnei Morastoni por uma diferença de apenas 2 mil votos. Voltou ancorado na oposição e com o impulso do “22 de Bolsonaro”. O ex-presidente passou pela cidade rapidamente para apoiar a candidatura.
A presença de Bolsonaro na campanha na cidade mais rica do Estado foi uma estratégia do PL. O partido divide o voto de oposição com Osmar Teixeira, do PSD, que tem ao seu lado o Republicanos — um dos partidos mais fortes na cidade. Itajaí foi uma das poucas cidades no Estado onde a estratégia do governador Jorginho Mello, de abocanhar a executiva estadual do Republicanos, fez água.
Com quatro vereadores na Câmara, incluindo o presidente, Marcelo Werner, a executiva municipal ameaçou um motim e venceu Jorginho. Até o deputado federal Celso Russomano (Republicanos-SP) foi escalado para interceder junto ao presidente do partido, Marcos Vieira. A estratégia funcionou, mas dividiu o voto da oposição.
O candidato do prefeito Volnei Morastoni é o deputado federal Carlos Chiodini (MDB). O MDB investiu R$ 1,5 milhão na campanha de Chiodini em Itajai, como uma aposta nacional. Em Brasília, o partido enxerga a maior economia de SC como uma chance de uma “vitrine nacional”.
O deputado enfrentou uma campanha difícil: por um lado, teve que convencer o eleitor itajaiense da viabilidade de transferência de seu domicílio eleitoral, de Jaraguá do Sul para Itajaí. Por outro, precisou desvencilhar-se do peso da gestão Morastoni, que foi bastante criticada por ausência. Chiodini virou o alvo preferencial dos adversários, e rebateu.
O azarão, Fabiano Silva (DC), trouxe o fator pitoresco para as eleições na cidade. Preso pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, e liberado com medidas cautelares, fez campanha usando tornozeleira eletrônica.
Joinville: Foco em avaliação da gestão
A possibilidade de polarização com tons mais ideológicos não se confirmou e a avaliação da atual administração municipal, independentemente do posicionamento adotado, se transformou em um dos principais temas da campanha eleitoral em Joinville. Mesmo o candidato à reeleição, Adriano Silva, primeiro prefeito no país a ser eleito pelo Novo, focou mais nos resultados da gestão do que nas bandeiras do partido — estratégia usada com mais intensidade em 2020.
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A queda no número de candidaturas para prefeitura e Câmara de Vereadores em relação há quatro anos foi marcante. Além de Adriano, Carlito Merss (PT), Luiz Claudio Gubert (MDB), Rodrigo Bornholdt (PSB) e Sargento Lima (PL) disputam a prefeitura do maior colégio eleitoral do Estado, com 434 mil pessoas aptas ao voto (em 2020, foram 15 nomes). A busca por uma das 19 vagas para o Legislativo tem 238 concorrentes, o menor número desde 1996.
As pesquisas de avaliação da gestão Adriano Silva ajudaram o Novo a atrair aliados ainda no ano passado. O partido mudou de posição em relação às alianças e formou uma coligação com seis legendas e uma federação. O PSD, participante do segundo turno em Joinville nas três alianças anteriores, foi o primeiro a aderir, sem nem ao menos solicitar a posição de vice. Ainda em 2023, o governador Jorginho Mello ensaiou aliança do PL com o Novo, sem sucesso. Jorginho chegou até a falar em dar “calor” em Adriano na campanha, mas a participação dele não chegou a ser tão efusiva assim.
O MDB de Joinville tinha Fernando Krelling como principal nome, mas o deputado segurou a pressão e preferiu indicar Gubert — que nunca havia disputado uma eleição — para a eleição. Krelling preferiu aguardar por 2028. Prefeito entre 2008 e 2012, Carlito não se mostrava interessado em concorrer, mas teve de atender aos pedidos do PT e se lançou candidato pela oitava vez — o petista fez a defesa do governo Lula, mas focou principalmente nas realizações do seu próprio mandato, há mais de uma década.
Rodrigo Bornholdt (PSB) vinha se movimentando há mais tempo para a eleição, com plano de formação de frente de centro-esquerda- que até foi formada, mas não na extensão inicialmente proposta.
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A condição de Joinville ter dado a maior votação proporcional a Jair Bolsonaro entre os municípios com mais de 300 mil eleitores na eleição presidencial é o trunfo do PL usado por Sargento Lima. A condição de “candidato de Bolsonaro” foi um dos motes do candidato. No entanto, o pretendido protagonismo do tema não chegou a ser confirmado no dia a dia da campanha eleitoral, concentrado em questões locais, como a avaliação da atual gestão municipal e o que deve ser feito nos próximos quatro anos.
Lages: Reviravoltas judiciais
As eleições em Lages foram marcadas pelas reviravoltas judiciais. Após ter candidatura impugnada em primeira instância, e autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC), Elizeu Mattos (MDB), um dos favoritos na disputa eleitoral na maior cidade da Serra Catarinense, foi considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral a apenas quatro dias do pleito.
O nome de Elizeu estará nas urnas, porque ele pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) – mas o impacto da decisão judicial na votação é incerto. Caso o STF mantenha o entendimento do TSE, os votos de Elizeu são anulados.
O candidato fez campanha pautada no que fez em Lages durante o período em que esteve à frente da prefeitura. Apostou em resgatar a memória do eleitor. A ação que pode tirá-lo da disputa diz respeito a esse período: envolve prazo de inelegibilidade devido à sua renúncia em 2016, quando era prefeito, em meio a processo de impeachment.
O clima em Lages também é de revanche. Carmen Zanotto (Cidadania) retorna às urnas depois de ter perdido de Antônio Ceron (PSD), em 2020, por uma diferença de apenas 56 votos. Outra favorita na disputa, Carmen foi provocada pelos adversários, ao longo da campanha, porque deixará a vaga de deputada federal, na Câmara dos Deputados, caso ganhe a eleição.
Carmen chamou atenção pela mudança de estilo nestas eleições. Sempre contida, adotou uma postura mais combativa por orientação dos marqueteiros – e passou a responder às críticas. Elizeu e Carmen protagonizaram um dos momentos mais tensos dos debates promovidos pelo NSC Total nas últimas semanas, com trocas de acusações sobre o passado. Ex-aliados, os dois mostraram, na campanha, que têm arestas a aparar.
São José: Disputa entre prefeito e ex-prefeita
Na lista das maiores cidades de Santa Catarina, São José tem uma das eleições mais disputadas neste ano de 2024. E não podia ser diferente. Ela reúne, entre outros candidatos, o atual e a ex-prefeita da cidade. Ambos, que já foram aliados, agora estão em trincheiras opostas.
Orvino (PSD) conseguiu um bom número de partidos na aliança, o que lhe deu mais visibilidade em propagandas de rádio, além da força de vereadores nos bairros. Já Adeliana (PL) conta com a estrutura do PL e a influência do governador Jorginho Mello, que tem dedicado parte do tempo de campanha para estar ao lado da candidata.
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A eleição em São José se desenhou em torno de dois pontos: a disputa pelo bolsonarismo e a comparação entre uma e outra gestão na prefeitura. Enquanto Orvino largou na frente com a tentativa de se colar ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Adeliana preferiu falar dos próprios feitos à frente da gestão municipal, para depois ficar focada no bolsonarismo.
Além deles, disputam a corrida de São José o candidato do Podemos, Moacir da Silva; o candidato do PT, Antônio Battisti; e a candidata do Novo, Vanessa Milis. Os três não tiveram protagonismo na eleição local por conta da polarização que se formou entre Orvino e Adeliana, mas foram fundamentais para as discussões feitas sobre o futuro de São José. Moacir chegou a ser sondado para estar com Adeliana ainda na pré-campanha, mas não aderiu ao projeto.
Com a tendência de já ter a possibilidade de segundo turno em 2028, a quarta maior cidade de Santa Catarina pode ter neste domingo, 6 de outubro, a última eleição com apenas um turno. Pelo que tudo indica, será com bastante emoção.
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