O Avaí poderia ter marcados mais gols. E o Figueirense poderia não ter sido derrotado. Mas não vamos ficar chorando o leite derramado na rodada de ontem. Os resultados são passíveis de serem revertidos. No caso avaiano, houve o apoio da torcida, houve chances de ampliar o placar, mas ficou mesmo no 2 a 0. Não quer dizer que a classificação foi perdida, mas complicou um pouco. Como o Avaí gosta de emoções fortes, a torcida não deixa de acreditar. Será difícil no Ceará. É preciso todo um trabalho dentro e fora do campo. Olho vivo, o adversário trabalha bem fora de campo. Espera-se que Roberto Cavalo consiga fechar o grupo de jogadores para doar sangue se for preciso, sem perder a razão e deixar tudo se perder por infantilidades. No caso do Figueira, levar gols de Kuki e Jacaré foi ruim. Dá motivos para gozações. Mas o resultado pode ser bem trabalhado. Com a torcida empolgada e empurrando o time, o alvinegro tem condições e time para fazer acontecer no Scarpelli. Serão dias tensos e uma rodada emocionante. É o final de ano perfeito para a Capital. Sofrimento O atual técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, foi uma das poucas unanimidades quando escolhido para o cargo. Teve muitas dificuldades a partir dos desentendimentos para a convocação dos chamados estrangeiros. A cada jogo uma escalação diferente, sem contar com as confusões da comissão técnica. No fundo mesmo, Felipão deve estar pensando consigo mesmo: “Jamais deveria ter saído do Cruzeiro”. Hoje, mesmo depois da classificação, seu trabalho é muito questionado. Armação Já estão trocando a data da sessão especial da CPI do Senado que votará o relatório do senador catarinense Geraldo Althoff sobre o futebol brasileiro. São 13 membros e o placar estava, nos bastidores, claro, em 7 a 6 para a aprovação do relatório. A bancada da bola, consta, já teria revertido um voto e a competição está em 6 a 6. Nesse caso o voto de minerva do presidente Álvaro Dias definiria pela aprovação. Falta um O relatório do senador catarinense Althoff pede o indiciamento ao Ministério Público apenas do deputado Eurico Miranda, único que a CPI conseguiu reunir provas contundentes. Os outros suspeitos, Ricardo Teixeira, Eduardo Vianna, Edmundo Santos Silva e Eduardo Farah, podem sair ilesos. A preocupação O manezinho anda mais enfezado do que nunca. Comentário de rua: “Já pensaram se Avaí e Figueirense passam para as finais? Vai faltar estádio”. Uma raposa amarela, comedora de banana, não perdeu tempo: “Vamo te que jogá naquele tal de Maraca, que eu acho que é um bocadinho maió que os nossos daqui”. Que máscara que anda essa manezada, não? Trem pagador O Ceará é o time que maior público levou ao estádio na fase de classificação da Série B, com média de 9.447 pagantes. O rival Fortaleza vem logo abaixo perdendo por pequena diferença, 9.167. O Figueirense está em sétimo lugar, com média de 5.063 e o Avaí em 12º, com 3.277. O Joinville vem logo atrás e o Criciúma está em 20º lugar. Divisão O que o técnico Wagner Oliveira constatou no Joinville já havia sido detectado por Artur Neto. O JEC é hoje um time de muitas alas o que me faz lembrar tempos passados em Florianópolis. Uma cidade com apenas um representante no futebol principal deveria estar unida em torno do time. Virou escola de samba, tem muitas alas, e cada qual puxando pro seu lado. Assim não vai. Vantagem O Departamento Jurídico da CBF passou a bola para o jurista Valed Perry, especialista em legislação esportiva. E ele foi categórico. A equipe que teve a melhor colocação no seu grupo e por conseqüência obteve o direito de fazer a segunda partida da segunda fase da Série B em casa é a que tem a vantagem de dois resultados iguais. Vitória do Ceará. Memória Natural de Tubarão, veio estudar em Florianópolis na década de 50. Djalma Bertoncini logo se apaixonou pelo Figueirense. Foi goleiro, diretor, presidente e hoje é conselheiro. Fazia parte dos três mosqueteiros da década de 60: Valdir Albani, Valdir Vieira e Bertoncini, todos ex-presidentes e funcionários, à época, da Delegacia do Patrimônio da União, onde um dos chefões era o notável Heitor Ferrari. Tudo em casa. Djalma Bertoncini, hoje, sofre mais do que nunca, no corredor à frente das cabines de rádio e TV do Orlando Scarpelli, onde se encontra em todos os jogos do seu Figueira. Uma das boas amizades que a coluna conquistou no futebol. Jabs Jogos Abertos são uma especialidade de Brusque. E ontem à noite a cidade nos deu mais uma demonstração de sua competência que sempre se traduz em organização, brilho, plasticidade e, sobretudo, muito amor ao esporte. Pudera, lá encontra-se o maior número de notáveis do esporte por metro quadrado.

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