A alta de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 foi o mais fraco resultado anual desde 2009 (-0,3%, o ano da crise global) e foi bem diferente do desempenho de 2010 (+7,5%).
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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje as Contas Nacionais Trimestrais do ano passado, o aumento de 1,4% no PIB do quarto trimestre do ano passado, ante igual trimestre em 2010, foi o pior resultado nesta comparação desde o terceiro trimestre de 2009 (-1,5%).
A indústria foi um dos destaques negativos, na comparação do quarto trimestre de 2011 contra o quarto trimestre de 2010. Nesta série comparativa, a queda de 0,4% no PIB da indústria foi o pior desempenho também desde o terceiro trimestre de 2009 (-6,8%).
O PIB per capita em 2011 ficou em R$ 21.252, uma alta de 1,8%, em volume, em relação a 2010. Já a taxa de investimento da economia brasileira (FBCF/PIB) em 2011 foi de 19,3% em 2011, inferior à taxa de 2010, quando registrou 19,5%.
O IBGE revisou o resultado do PIB do terceiro trimestre de 2011 em relação ao segundo trimestre do mesmo ano de estabilidade (0,0%) para queda de 0,1%. Também houve revisão no número do PIB no segundo trimestre do ano passado ante o trimestre imediatamente anterior, de +0,7% para +0,5%.
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Houve revisão ainda na alta do PIB no primeiro trimestre de 2011 ante o quarto trimestre de 2010, de 0,8% para 0,6%. Já a alta do PIB no quarto trimestre de 2010 ante o terceiro trimestre do mesmo ano foi revisado de 0,7% para 1,1%.
O PIB da indústria da transformação caiu 2,5% no quarto trimestre de 2011 ante o terceiro trimestre. A queda foi a maior desde o primeiro trimestre de 2009, quando o PIB da indústria de transformação caiu 7,9%.
– Pela ótica da produção, a indústria da transformação é a única que está apresentando variação negativa – ressaltou Roberto Luís Olinto Ramos, coordenador de Contas Nacionais do IBGE.