No município mais ao sul da região alterada, o novo Plano Diretor já está em vigor há três anos. Mais contido do que ousado, o documento antevê um crescimento moderado para Garopaba.

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Nos próximos 40 anos, por exemplo, o município espera dobrar de tamanho: dos atuais 20 mil habitantes fixos, deve chegar aos 40 mil em 2050. O secretário de Planejamento Territorial e Meio Ambiente, Artur Emílio Lopes, explica que a cidade manteve as restrições ambientais, porque boa parte da área liberada pelo parque (cerca de 4,5%) continua como área protegida – dunas, áreas de encosta acentuadas e restingas, que não podem ser mexidas.

– Não temos tantas áreas a serem ocupadas. Ou crescemos para cima ou aumentamos para os lados. Mas não é esse o nosso interesse atualmente. Cidades verticais existem aos montes e queremos continuar atraindo visitantes com a nossa característica horizontal.

O novo Plano Diretor veio para substituir o único existente até então, aprovado em 1987. Do antigo, permaneceram as restrições em pavimentos: não é permitido mais do que dois andares, nem mesmo para a hotelaria. A única exceção são prédios públicos, como novas escolas e hospitais.

Para facilitar, o uso foi dividido em níveis: quanto mais elevado o terreno, mais baixa é a ocupação. As áreas mais baixas, consideradas zona urbana normal, permitem ocupação de 50%. Já as mais altas, acima de 100 metros, entram como zona especial e não podem ser ocupadas mais do que 10%.

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