Contribuintes que receberam nesta sexta-feira valores referentes à restituição do Imposto de Renda (IR) deverão destinar boa parte do dinheiro ao pagamento de dívidas. A expectativa é do vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira. Ele acredita ainda que uma parcela deve estimular o consumo no final do ano. Hoje a Receita Federal liberou um lote de restituições que totaliza R$ 2,39 bilhões.
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Para o economista, a indicação de que a maior parte dos consumidores deve usar o dinheiro para pagar dívidas está no crescimento do uso do cartão de crédito, cheque especial e de outras modalidades de empréstimos. Segundo os últimos dados do Banco Central, o saldo do cheque especial para pessoas físicas chegou a R$ 17,737 bilhões, em agosto, crescimento de 12,4% no ano. No caso do crédito pessoal, incluídos empréstimos consignados em folha, o saldo ficou em R$ 193,426 bilhões, uma alta de 17,7%. O saldo do cartão de crédito – R$ 28,850 bilhões – teve expansão de 12,4%, nessa mesma comparação.
Oliveira lembra que consumidores optam também por empréstimos de antecipação do Imposto de Renda oferecidos pelos bancos. Quem não tem contas para pagar poderá poupar ou aquecer as vendas do final de ano. Neste ano, foram liberadas restituições para mais de 8,9 milhões de contribuintes, no valor total de R$ 8,5 bilhões, segundo a Receita Federal.