Os usuários do Restaurante Popular de Joinville que quiserem continuar se alimentando por um valor mais baixo terão de se dirigir a unidade do bairro Adhemar Garcia, zona Sul, que será inaugurado na próxima sexta-feira. Isso porque o restaurante da rua Urussanga, no Bucarein, área central da cidade, foi fechado nesta sexta-feira para reforma e modernização da estrutura física.

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Entre as obras a serem realizadas estão a revisão elétrica e hidráulica, instalação de sistema de exaustão, recolocação da câmara de congelamento, ampliação da câmara de resfriamento, troca do piso, troca de equipamentos, entre outras.

De acordo com o secretário de Assistência Social, Bráulio Barbosa, a licitação para a reforma foi lançada nessa sexta-feira. Ele explica a decisão de fechar o restaurante no fim do ano tem como objetivo ganhar prazo. A secretaria pretender começar a reforma no início de 2014.

– Se tudo correr bem com a obra, a previsão é que fique pronta em junho do ano que vem. Também temos prazo a cumprir com a Caixa Econômica Federal – disse Bráulio.

A reforma que foi orçada em mais de R$ 600 mil, vai ser custeada pelo Governo Federal por meio da Caixa com contrapartida de cerca de R$ 20 da Prefeitura.

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A mudança, mesmo que temporária, está enfrentando a resistência de alguns usuários, como o mensageiro Adilson João Borges, 48 anos. Ele que almoça de segunda à sexta no restaurante do Bucarein não pretende ir à unidade do Adhemar Garcia.

– Não vou deixar de almoçar lá pela distância, mas pelo valor que achei um absurdo -afirmou.

Novos valores

Diferentemente do que era praticado na unidade do Bucarein, o valor único de R$ 1, no restaurante do Adhemar Garcia o preço cobrado irá variar de R$ 1 a R$ 5, de acordo com o perfil da pessoa atendida.

O critério foi adotado, segundo o secretário, para que haja “justiça social”, pois conforme um levantamento da Secretaria de Assistência Social, 70% do público que frequenta atualmente o restaurante da rua Urussanga é de pessoas que estão fora do perfil prioritário de atendimento.

– Apenas 30% são efetivamente carentes e vulneráveis – observa Bráulio.

Mas há também quem pretende frequentar o novo restaurante. Apesar do endereço ficar na contramão para o vendedor ambulante, Osvaldo Ademir Corrêa, 63 anos, que trabalha no centro, ele disse que vai tentar almoçar no Adhemar Garcia.

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O segundo restaurante popular, chamado de Zilda Arns, foi construído na rua Alwino Hansen e vai servir inicialmente mil refeições por dia.

PREÇOS

  • Irão pagar R$ 2 os idosos inseridos no cadÚnico com renda per capita de um salário mínimo.

  • Irão pagar R$ 5 as pessoas que não se enquadram em nenhum perfil.

  • Serão isentos de pagamento as crianças com até seis anos pertencentes a famílias inseridas no cadÚnico com perfil de Bolsa Família e os moradores de rua cadastrados no Centro POP – Porto Seguro – Serviço Especializado para pessoas em situação de rua.