Restauração minuciosa preserva grande obra de Juarez Machado em símbolo de Joinville

Um dos maiores murais do país, a obra O Grande Circo, do artista plástico joinvilense Juarez Machado, passa por processo de restauração minucioso. O painel fica na porta de entrada do Centreventos Cau Hansen, símbolo da cidade, e deve ser entregue revitalizado no dia 17 de julho, na abertura da 40ª edição do Festival de Dança de Joinville.

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“O Grande Circo” está sendo restaurado em Joinville

A arte, que conta com 11 metros de altura e 90 metros quadrados, está instalada no local desde 1999 e, sendo a maior obra da carreira de Juarez, foi pintada toda em cerâmica e possui mais de 963 peças, que reencena o espetáculo circense por completo.

— Representa uma transição ao entrar no espaço, que é multiuso. Vai do esporte até a música, à ópera, manifestações sociais, e assim por diante — destaca Edson Machado, irmão de Juarez e presidente do Instituto Juarez Machado.

Esta é a segunda restauração do painel em 24 anos. Desta vez, 55 peças terão de ser substituídas, que sofreram desgaste com a ação do tempo. Segundo Julio Cesar Cruz, servidor público que atua na reconstrução, a montagem é uma espécie de quebra-cabeças e o trabalho exige muita paciência, cuidado e carinho, afinal, é uma obra importante para a cidade.

— São desenhos e detalhes feitos todos à mão pelo Juarez, então a gente vai encaixando, procurando ajustar o alinhamento do revestimento cerâmico com a pintura que existe nele. É um privilégio poder fazer este trabalho — afirma o trabalhador.

Esta segunda revitalização da obra começou em 2021 e Elisângela Laus, técnica ceramista, está à frente da tarefa de restauração. Ela também participou da primeira atividade de reconstrução, em 2008.

Nesta mais recente, diz que poderia ter facilitado os trabalhos fazendo a prática de forma digital, que “em uma semana estaria resolvido”, mas quis preservar a mesma técnica utilizada pelo artista.

— Quando eu olhei pra obra, pensei: “eu consigo fazer, pelo menos resgatar, na mesma técnica que ele usou”. Ali a responsabilidade pesou, mas eu sabia que tinha um compromisso com ele e com a obra dele — diz a ceramista.

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