A restauração da Catedral Metropolitana de Florianópolis, parada há seis meses _ como informou Rafael Martini, na edição de domingo de sua coluna Visor -, não tem prazo para recomeçar. Embora a coordenação do projeto na igreja afirme ter recebido a sinalização do governador Raimundo Colombo de que o Estado financiaria a última etapa da obra, na prática, ainda não há previsão de investimento.
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Essa fase prevê a restauração de todas as imagens da Catedral – inclusive a que representa a Fuga de Nossa Senhora do Desterro ao Egito -, recuperação do órgão eletrônico, de todas as portas e dos oito sinos, além do museu. O custo seria de R$ 3,8 milhões. A expectativa era deixar a Catedral, que é tombada como patrimônio histórico do município e do Estado, em perfeito estado antes de março de 2013 para os festejos de 300 anos de sua fundação.
Ontem, o presidente da Comissão de Restauração da Arquidiocese de Florianópolis, Roberto Bentes de Sá, afirmou que a igreja aguarda o governador para inaugurar a quinta etapa da obra e assinar o financiamento da última.
– Estamos esperando o governo nos chamar para definir a assinatura do convênio. O arcebispo já solicitou uma audiência com o governador para agendar uma data – conta Bentes de Sá, lembrando do compromisso assumido no começo do mandato.
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Mas, pelo jeito, os católicos estão muito otimistas com a participação do governo na última fase do projeto. Questionada, a assessoria do governo do Estado informou, ontem, que ainda não há posicionamento sobre a liberação de verba para a Catedral, nem reuniões marcadas com Raimundo Colombo.
A obra, executada pela Concrejato, foi iniciada em 2005. Até então, a maior parte do financiamento foi feito pelo governo estadual. Já foram investidos R$ 10 milhões. Além de tornar a Catedral mais segura, pois a estrutura trazia riscos aos fiéis, o objetivo foi deixá-la mais parecida com o prédio original. Uma das surpresas foi a descoberta de ossadas humanas de cerca de 200 pessoas na Capela Nossa Senhora das Dores, onde antigamente era a Congregação Ordem Terceira, que costumava enterrar seus membros mortos na própria igreja.
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