Ressacada: de área rural a bairro nobre de Itajaí

Cercada de mata atlântica e localizada próximo ao Centro de Itajaí, a Ressacada ganhou status de nobre. Nos últimos anos, atraiu a atenção – e os investimentos – da construção civil, o que tem mudado aos poucos a característica pacata do bairro. Ainda assim, continua sendo local de gente tranquila, de uma vizinhança que se conhece e que divide a bela vista do Parque Ecológico da Ressacada, área de preservação.

– A Ressacada é linda, por isso gosto daqui. Minhas filhas nasceram na Ressacada, é um bairro bom se morar, tranquilo e relativamente seguro – diz Márcia Kantowicz, convidada do Sol Diário para mostrar o bairro onde vive a partir de seu ponto de vista.

Márcia vive há 19 anos na Ressacada, e não é exatamente fã das mudanças que o bairro vem enfrentando nos últimos anos. Teme que a verticalização das construções e a chegada de empresas possa tirar uma das características que mais gosta de perceber ali: o sossego.

– Falta planejamento – avalia.

Nascida como uma grande fazenda para plantação de arroz e criação de gado leiteiro, a Ressacada desenvolveu-se, principalmente, após a abertura na Avenida Contorno Sul. Hoje, é endereço da Câmara de Vereadores de Itajaí é será sede do Instituto Federal de Educação.

Polêmica

A área da Ressacada, para o IBGE, inclui o Bairro Carvalho – situação polêmica, que rendeu a criação de uma comissão na Câmara de Vereadores para definir nova delimitação de bairros. Recentemente as placas foram trocadas, o que causou descontentamento entre moradores do Carvalho.

– Nunca moramos na Ressacada – reclama Antônio Carlos Clarindo, presidente da Associação de Moradores do Carvalho.

Na semana que passou, a comissão reuniu-se com com representantes do IBGE e dos Correios, numa tentativa de resolver o caso.

Se separados os bairros, a Ressacada passa a ter, oficialmente, metade da população que hoje lhe é creditada.

População

Total – 5.011

Homens – 2.573

Mulheres – 2.438

Curiosidade

A Ressacada já foi, em grande parte, coberta por arrozais. Só na década de 1970, com a chegada dos loteamentos, transformou-se em bairro nobre.