Um grupo que realizava o “golpe dos terrenos” foi condenado nessa quinta-feira (21), em Araranguá, no Sul do Estado. O empresário Júlio César Zilli Vieira, que comandava os golpes imobiliários, foi condenado a 63 anos, 11 meses e 12 dias de reclusão, em regime inicial fechado. Júlio era investigado por ter se apropriado de mais de R$ 5 milhões de aproximadamente 70 vítimas da região de Araranguá.
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No total 14 réus foram condenados, incluindo Poliana Pederiva Zilli, com sentença de 21 anos, nove meses e 14 dias de reclusão em regime inicial fechado. Algumas penas foram convertidas a trabalhos comunitários, e outras requerem reparação financeira às vítimas do caso. Poliana deverá ser mantida em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica. Já Júlio César Zilli Vieira segue preso no Presídio Santa Augusta, em Criciúma. Ainda cabe recurso contra a decisão.
Em junho de 2022, com a descoberta da fraude, a Polícia Civil passou a investigar o caso. Descobriu-se que os empresários causaram um prejuízo milionário aos compradores, mediante a venda de mais de 300 terrenos em duplicidade para mais de 100 compradores.
O inquérito foi instaurado à época pela 1ª Delegacia de Polícia de Araranguá, sob a titularidade do delegado Lucas Fernandes da Rosa. A 1ª Vara Criminal de Araranguá proferiu sentença condenatória de 100 anos de prisão, somando os indivíduos envolvidos no esquema de venda irregular de lotes em um empreendimento imobiliário.
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O caso decorreu de um trabalho dos agentes da 1ª Delegacia de Polícia e posteriormente do Ministério Público. Júlio Zilli terá além da prisão, a obrigação do pagamento de dias multa à razão de um trinta avos do salário mínimo vigente na época dos fatos.
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