O mau cheiro que assustou e espantou muita gente do Mercado Público de Florianópolis ficou no passado, ao menos por enquanto. Na manhã desta segunda-feira, 21, técnicos da Casan, do programa municipal Se Liga Na Rede e da Vigilância Sanitária estiveram no local para obras de reparo e fiscalização do despejo de rejeitos feito pelos estabelecimentos comerciais. No domingo (20), a Casan já havia feito uma limpeza da rede coletora de esgoto.

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A situação vinha se arrastando há mais de 20 dias, em decorrência do transbordo de uma das caixas de gordura do mercado, e foi tema de uma reportagem da Hora de Santa Catarina na última sexta-feira (18). A estimativa dos comerciantes é de que, nesse período, o movimento caiu 20% por conta do mau cheiro. Enquanto a Casan enfatiza que esse era um problema pontual ocasionado pelo mau manuseio do equipamento, comerciantes afirmam que o problema foi causado pelo entupimento da rede coletora.

— A gente não quer achar o culpado, queremos resolver o problema. Todo mundo tem que colaborar. Se existe problema aqui dentro (do mercado), vamos trabalhar para resolver, mas só aqui não adianta, porque tem problemas do lado de fora também — comenta a presidente da Associação de Comerciantes do Mercado Público, Fátima Bernardi.

Durante a inspeção realizada na manhã desta segunda-feira, o engenheiro sanitarista da Casan, Francisco Pimentel, disse que o problema foi pontual em uma caixa de gordura. Com a limpeza da rede coletora, o próximo passo é identificar irregularidades para evitar que a situação se repita.

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— Havia um acúmulo grande de material proveniente de ligações irregulares. Está sendo feito um pente fino para identificar de onde está vindo o problema — disse Pimentel.

Inspeção encontra nove irregularidades

A blitz realizada pela equipe do programa municipal Se Liga Na Rede encontrou nove irregularidades dentro do Mercado Público e outras duas no centro comercial ARS, que fica próximo dali.

No Mercado público, quatro restaurantes estavam com caixa de gordura sem sifão, um restaurante possuía torneira da pia da cozinha conectada direto à rede coletora (deveria passar pela caixa de gordura), três restaurantes possuíam os dois problemas ao mesmo tempo e um tinha infiltração na caixa de gordura. No ARS, o proprietário de dois estabelecimentos não soube dizer onde era a caixa de gordura, o que indica que não há limpeza da mesma. Todos os estabelecimentos foram notificados pela Vigilância Sanitária.

— Encontramos bastante gordura tanto nas caixas de gordura quanto nas caixas de inspeção, onde não deveria ter sido encontrado gordura. Isso nos mostra que há uma dificuldade de manutenção — comenta Igor Floriano, coordenador da blitz.

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Até quarta-feira a equipe do Se Liga Na Rede deve continuar com com as inspeções na região central da cidade.

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