20 e 21 de julho de 2013:
Povo vai às compras Resolvi fazer um churrasco no domingo. Falei com a patroa, que concordou. Pensei em chamar umas pessoas. Almoço em petit-comité. Falei com a patroa, que concordou. Calculei uns cinco quilos de carne, duas caixas de cerveja, meio metro de linguiça e farinha. Falei com a patroa, que não concordou. Nada de cerveja, champanhe, sim. Nem farinha, maionese e farofa rica, sim.
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Ela já tinha ligado para a mãe, as irmãs, os cunhados, os sobrinhos, as namoradas, os agregados, os amigos dos amigos etc. etc. Mudo, concordei em mímica. Discretamente, peguei o cartão de crédito da patroa e fui comprar tudo e mais meio boi… Adivinhem qual é a senha do cartão da patroa? Churrasco+família minha.
Este eu conheço, meu vizinho
Prometeu para a noiva que casaria se levasse como enxoval sua coleção de “CD de sacanagem”. A noiva concordou, desde que fosse camufl ado dentro de uma coleção de enciclopédia. Confirmando assim que a cultura também esconde “pornografia” embaixo do tapete… Digo, entre páginas.
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Casal em crise
Precavidos para evitar brigas, mágoas, advogados, fofocas e futuras traições, compraram um inteligente sofá. “Autoincendiável”, programado para dez segundos “antes”.
Jovem casal preparando o nascimento do seu primogênito. Nada de último modelo de carrinho de bebê, berço com design, banheira reversível. Mamadeira em 3D ou bichinho de pelúcia com GPS. Nem mesmo chocalho eletrônico. Uma antiga mesa/cadeira de colégio. Vai crescer estudando muito para um dia ser decente, honesto e culto senador.
Esteve em meu ateliê uma nova admiradora das minhas pinturas. Mostrei a ela quadros e desenhos de várias fases em diversos tamanhos. Olhou, pensou, olhou de novo, separou alguns, refletiu, separou outros, coçou a cabeça, pensou, repensou. Botou a mão no queixo e acabou levando a caixa que seria a embalagem do quadro que ela não comprou.