Os preços estão praticamente os mesmos, mas a procura, quanta diferença. Nos principais destinos turísticos de Santa Catarina, até 85% das casas e apartamentos de aluguel para a temporada já estão reservados para o Réveillon, por diárias que variam de R$ 150 a R$ 15 mil.
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Os imóveis mais próximos ao mar são os mais caros – e os primeiros a serem reservados. Profissionais do setor estão empolgados com a procura, que este ano está maior do que em 2009. As reservas para a virada do ano começaram em outubro, enquanto nos últimos anos, a maioria deixou para a última hora.
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– Acredito que esta temporada vai ser melhor, pelo número de gente interessada e pela situação econômica melhor – avalia Carlos Frichembruder, delegado do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci) no Norte da Ilha.
Nos últimos dois anos, a valorização dos imóveis e a inflação elevaram os preços em 20% em média, na Capital, segundo Frichembruder. A orientação aos proprietários é de não reajustar acima disso, sob o risco de perder mercado.
Em outros destinos litorâneos, como São Francisco do Sul, Itapema, Bombinhas e Balneário Camboriú, a média dos reajustes acompanhou o aumento da Capital. A exceção no Estado é Jurerê Internacional, que viu dobrar os preços das diárias no período.
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A corretora Adriani Marques, dona de uma imobiliária no Norte da Ilha, lembra que, há dois anos, as diárias mais caras custavam em torno de R$ 5 mil no Réveillon. Hoje é possível encontrar imóveis por até R$ 15 mil. E a procura só aumenta.
Atores juvenis de novelas globais, executivos de bancos e esportistas estão entre os clientes. Mas em Canasvieiras ou na Praia Brava, também no Norte da Ilha, os preços não diferem muito do ano passado. Frichembruder lembra que a procura pelos imóveis particulares nas praias tradicionais é maior por quem quer economizar com hospedagem e passear bastante, passando pouco tempo em casa.
Descontos a partir de janeiro
Se a ideia é gastar menos, vale negociar a data do aluguel e a localização. Passar o Réveillon e o Carnaval de frente para o mar é privilégio de quem pode pagar os preços mais altos da temporada, mesmo com o Carnaval no início de março, como será em 2011. Os descontos começam em janeiro e, em fevereiro, os preços podem cair pela metade. A mesma mansão de R$ 10 mil no Réveillon, em Jurerê Internacional, sai por R$ 4 mil em fevereiro, quando começa o período de aulas.
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– Como o Carnaval será mais afastado da temporada, perigam sobrar imóveis vagos em fevereiro – avisa o delegado do Creci.
Alguns metros de distância do mar também fazem a diferença no orçamento. Se um apartamento de frente para o mar na Praia Brava da Capital custa R$ 3 mil no pico da temporada, do outro lado da rua um imóvel de padrão similar pode custar R$ 350 a diária. Com 200 metros longe da areia, o preço fica quase dez vezes menor.