Apesar de diversas tentativas, muitas mulheres não conseguem engravidar de forma natural, buscando realizar este sonho através da reprodução assistida. Quando o casal precisa concentrar seus esforços e muito de sua sexualidade na obtenção da gestação, sérios desgastes podem ocorrer, não raramente abalando o relacionamento.
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O médico precisa detalhar a atividade sexual do casal, o que, algumas vezes, pode ser constrangedor, principalmente se não houver um ambiente de empatia entre o casal e o profissional.
– Esse é um dos preços que pagamos pelo avanço da medicina, que nos trouxe tantas coisas boas, mas também diminuiu a nossa privacidade. A medicina reprodutiva modificou, significativamente, a relação entre sexualidade e reprodução humana – afirma a médica ginecologista Flávia Fairbanks, especializada em sexualidade humana.
Flávia acredita que a hora do sexo programada diminui o desejo e os casais encaram o sexo como uma obrigação e não um prazer.
– Essa invasão de privacidade faz-se necessária, pois o médico precisa saber como anda a vida sexual do casal para identificar os motivos que levaram à dificuldade em engravidar – alerta.
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A ginecologista revela que muitas mulheres que estão passando pela fase de tentativa de gestar reclamam constantemente no consultório sobre falta de libido, de satisfação no ato sexual e de orgasmo.
– Muitas disfunções sexuais podem ser causa de infertilidade: impotência, dificuldade de ejacular, dor no ato sexual, vaginismo, falta de libido, entre outras. Por isso, o ginecologista deve começar a investigação sobre as causas da infertilidade conjugal na própria atividade sexual do casal – explica Flávia. – Após essa etapa, indica-se o tratamento mais adequado, já que o problema pode ser de causa orgânica feminina, masculina ou mista e ainda, por vezes, ter significativo impacto psicológico.
Fonte: ADCOM Comunicação.