Representantes do setor pesqueiro saíram insatisfeitos da reunião com governo federal que discutiu a portaria do Ministério do Meio Ambiente que proíbe a captura de quase 80 espécies de peixes de interesse comercial, porém, ameaçadas de extinção.

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Após mais de três horas de discussões nesta quinta-feira, em Brasília, os ministros da Pesca, Helder Barbalho, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciaram a criação de um novo grupo de trabalho, com a participação dos sindicatos da indústria pesqueira e dos pescadores, para analisar a portaria. Também participou do encontro o secretário de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Airton Spies.

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É o segundo grupo formado para debater o tema desde que um transatlântico foi bloqueado no Píer Turístico de Itajaí em forma de protesto. Antes, o governo estabeleceu uma comissão de ministérios para revisitar a portaria.

Com as manifestações, sindicatos e pescadores entram na força-tarefa para apresentar uma nova proposta da lista publicada com 475 peixes e invertebrados aquáticos proibidos de serem pescados. Os dois grupos têm 30 dias para concluir seus trabalhos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Giovani Monteiro, o governo não conseguirá modificar a portaria em um mês.

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– O Ministério do Meio Ambiente ainda não fez isso com uma lista publicada em 2004. O que garante que em 30 ou 180 dias fará o estudo de toda cadeia? É impossível – diz.

Já o ministro da Pesca, Helder Barbalho, acredita que o trabalho em conjunto com o setor pesqueiro será importante para esclarecer quais as espécies estão ameaçadas, considerando os aspectos sociais, econômicos e ambientais.

– Acho que a partir desse momento nós temos uma condição de diálogo que permita, inclusive, que o setor pesqueiro possa sinalizar efetivamente quais são as espécies que necessitam de um olhar mais atento para que não venhamos a inviabilizar o setor pesqueiro, não venhamos a inviabilizar a pesca e toda a cadeia produtiva que está no setor.

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