Representantes do governo sueco e equatoriano se reunirão na segunda-feira em Estocolmo para chegar a um acordo que permita à justiça sueca interrogar o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, que é acusado de estupro, informou uma fonte oficial à AFP.
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“É a primeira vez que vamos nos reunir, vamos discutir um acordo geral de cooperação judicial entre os dois países”, explicou à AFP a encarregada sueca de negociações, Cecilia Riddselius.
O objetivo é alcançar um acordo de cooperação bilateral, a única opção legalmente viável, para depois examinar o caso particular de Assange, que está refugiado na embaixada equatoriana em Londres há mais de três anos, acrescentou a funcionária.
Participarão da reunião do lado equatoriano o vice-secretário para a América do Norte e a Europa Fernando Yépez Lasso, e do sueco, a secretária de Estado Anne Linde, braço direito do Ministro do Interior.
O australiano Julian Assange, de 44 anos, viu-se livre, em meados de agosto, das acusações de agressão sexual de uma demandante sueca por prescrição do crime.
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O crime de agressão sexual, supostamente praticado há cinco anos, prescreveu por não terem sido apresentado acusações formais contra ele.
De fato, Assange não pôde dar sua versão dos fatos à justiça, o que impede que se apresentem acusações contra ele, segundo a lei sueca.
No entanto, permanece vigente uma denúncia por estupro, que só prescreverá em agosto de 2020.
O australiano defende sua inocência, afirmando que as relações sexuais foram consentidas.
Mesmo assim, recusa-se a viajar para a Suécia para prestar depoimento por medo de ser extraditado para os Estados Unidos, onde poderia ser condenado à morte pelo vazamento de milhares de documentos secretos americanos, publicados em seu site, WikiLeaks.
A justiça sueca aceitou, após resistir durante muito tempo, ir a Londres para interrogar Assange. Mas Quito, que disse que avaliaria o pedido, nunca deu uma resposta.
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O australiano de 44 anos vive refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para escapar de uma ordem europeia de detenção emitida pela Suécia.
* AFP