Convocado a falar sobre o planejamento do Estado para o combate à criminalidade em Santa Catarina, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, admitiu na manhã desta quinta-feira que a reposição do efetivo das polícias é a principal demanda atual da área. Por 45 minutos, Grubba falou sobre as ações da pasta e depois respondeu às perguntas dos deputados.
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— Concordo que o efetivo é o elemento mais importante no combate à criminalidade. Mas estamos fazendo o que é possível. São 5.235 novos agentes incluídos em Santa Catarina desde 2011. Estamos combatendo essa defasagem. Se fosse possível, tenho certeza que a Secretaria da Fazenda autorizaria 5 mil novos policiais, mas temos que respeitar a lei de responsabilidade fiscal, afirmou. Ouça na reportagem:
Grubba garantiu que a contratação de 1.294 servidores prometida para junho está mantida. Com base nas estatísticas, o secretário apresentou que, atualmente, SC ocupa o último lugar em número de homicídios no país. Também abriu os dados de roubos e latrocínios, que sofreram queda neste ano. Grande parte da fala do secretário foi destinada a assuntos como obras e investimentos nas polícias Civil e Militar e no Instituto Geral de Perícias (IGP). O secretário disse que os investimentos na área desde 2011 foram de R$ 164,7 milhões.
— A violência cresce no sentido que a população aumenta. Tivemos aumento de crimes passionais e domésticos. Enfrentamos um problema de superlotação no sistema prisional, também o excessivo consumo de drogas no Brasil. Estamos recompondo os efetivos, melhoramos os salários. Estamos nos esforçando junto com as corporações para buscar as melhores estatísticas. O baixo efetivo impede que a PM esteja em todas as ruas patrulhando. Estamos fazendo o nosso dever — finalizou o secretário.
Autor do requerimento que convocou o secretário para a sessão na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), o deputado Mario Marcondes (PSDB), questionou Grubba sobre o sucateamento das estruturas policiais, como ocorre em delegacias que enfrentam problemas estruturais e de falta de profissionais para atendimento. Marcondes ainda mostrou preocupação com o crescimento das facções criminosas no Estado, além fazer outros pedidos sobre efetivo da Polícia Civil e sugerir um grupo de discussão para a área:
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— Gostaria de propor a criação de um Conselho Estadual de Segurança Pública para debater as ações no Estado.