Os professores em greve em Santa Catarina terão que apresentar um plano de reposição das aulas à diretoria de cada escola após o término da paralisação que já dura 44 dias. A informação é da Secretaria de Estado de Educação. O plano deverá ser avaliado e homologado pelas gerências regionais. A greve afeta escolas estaduais em todas as regiões. De acordo com o sindicato dos professores (Sinte-SC) a adesão é de 30%. Para a secretaria estadual, são cerca de 10%, ou seja, no mínimo são em torno de 3 mil professores parados.
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No maior colégio de Santa Catarina, o Instituto Estadual de Educação, por exemplo, cerca de 50% dos professores do 6º ano ao Ensino Médio aderiram à paralisação, enquanto os demais não conseguem dar aulas por falta de alunos.
– Como temos alunos de muitas regiões, fica difícil pra eles virem ter uma ou duas aulas. Os professores que não estão em greve vêm para dar aula, mas os alunos não – explica o coordenador geral do IEE em Florianópolis, Vendelin Santo Borguezon.
Está marcado para hoje, em frente a Assembleia Legislativa em Florianópolis, um ato de protesto pedindo o retorno das negociações com o governo do Estado. No local desde o dia 28 de abril, os professores reivindicam a elaboração do Plano de Carreira da categoria, com a aplicação do piso nacional e discussão sobre a regência de classe. O governo estadual já fez propostas rejeitadas pela categoria.
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Uma assembleia do Sinte-SC chegou a ser marcada para hoje, mas foi cancelada pelo comando de greve. Os sindicalistas querem garantias por parte do governo antes de encerrar a greve. A coordenação do Sinte-SC diz que professores devem continuar acampados na Assembleia Legislativa.